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Carnaval e educação podem sim estar ligados, e a prova disso é o bloco “Alegria, alegria, Educar é todo dia”. A iniciativa, que acontece desde 2013, tem como objetivo trazer pautas da educação às ruas de maneira alegre e descontraída.
Nesta edição, que aconteceu em Paranaguá no último domingo (04), o tema foi Educação e Democracia, e trouxe cartazes com os dizeres “Por uma Educação Libertadora” e “Escola não é quartel”.
A secretária de aposentados(as) da APP, Maria Adelaide Mazza Correia, participou da criação do bloco, quando ele ainda acontecia em Curitiba, há 11 anos. “O bloco foi criado para apresentar as reivindicações da categoria para a sociedade e cobrar o governo do seu compromisso assumido”, complementa.
O evento foi comemorado pela primeira vez no Largo da Ordem e surgiu como uma forma de protesto contra o governo de Beto Richa (PSDB) que na época, negou a implementação dos 33,3% de hora-atividade estipulados pelo Ministério da Educação (MEC), retirou o reconhecimento da graduação para o(a) agente educacional I e especialização para o(a) agente II do projeto de lei que altera o plano de carreira dos(as) funcionários(as) da educação.
O mote carnavalesco do ano foi “Governador, se não cumprir, a greve vai sair!”, já que a categoria estava organizando uma greve para o dia 13 de março de 2013, mas, devido a negociações com Beto Richa, o ato não ocorreu.
Para Cida Reis, presidenta da APP-Sindicato de Paranaguá, o bloco, que acontece em Paranaguá desde 2018, é indispensável para dialogar com diferentes públicos, que podem não estar acompanhando os descasos do governo com a educação.
“O bloco foi criado para usar um espaço tradicional do pré-Carnaval do litoral como um espaço de mobilização e dar visibilidade às nossas lutas. Já levamos para a avenida o tema do 29 de abril, da previdência e este ano mantivemos o lema Educação e Democracia, o mesmo do ano passado”, explica Cida.
Banho à Fantasia
Em 2018 a iniciativa da APP-Sindicato uniu-se ao pré-carnaval tradicional de Paranaguá, comumente chamado de “Banho à Fantasia”. O evento, que conta com registro oficial desde 1950, foi idealizado por Antônio Benedito Cunha.
O desfile dos blocos é puxado por um trio elétrico, acompanhado pelo cortejo real e pela bateria da Escola de Samba Junqueira, que mantém suas atividades desde 1947.
Inicialmente, os foliões desfilavam pela cidade e voltavam para a Praça do Guincho, para tomarem banho no rio, ainda vestidos com as suas fantasias. Atualmente, pelo estado de poluição do rio, o tradicional banho carnavalesco não acontece mais, mas o nome do evento se mantém.
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