Sinopse
Um relacionamento difícil entre o pai Wilson (Othon Bastos) e seu filho Neto (Rodrigo Santoro), com vazios que aumentam a cada situação protagonizada por ambos, é o início desse drama que culmina com o
internamento de Neto num manicômio por causa de um baseado. Lá, o jovem vivenciará os dramas e a realidade aterrorizante de um local que vai devorando suas vítimas através de abusos físicos e psicológicos. A mãe de Neto, Meire (Cássia Kiss), está presente com a carga emocional que se coloca nessa trajetória da vida. Inspirado no relato de Austregésilo Carrano Bueno, Canto dos Malditos, (1990), o filme aborda o descaso, a violência e a crueldade para com qualquer pessoa que não se encaixe nos padrões morais e comportamentais da sociedade dos ditos “cidadãos de bem”. Rodrigo Santoro nesta interpretação saltou do rostinho bonito de galã de novelas para o status de um ator completo ao protagonizar a obra, que, duas décadas depois, continua extremamente atual e necessária, pois pode desencadear outras discussões, além da saúde mental: preconceito, machismo, homofobia e, sobretudo, a necessidade de diálogo entre pais e filhos.
Ficha técnica
Ano de lançamento: 2001
País: Brasil
Duração: 1h14
Gênero: Drama
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
Direção: Laís Bodanzky
Roteiro: Luiz Bolognesi
Elenco: Rodrigo Santoro, Othon Bastos, Caco Ciocler, Luís Padilha, Cássia Kiss
Prêmios
• Grande Prêmio Cinema Brasil de 2000 – Melhor Ator, Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Sonora.
• Troféu APCA 2000 – Melhor Filme.
• Festival de Cartagena 2001 – Melhor Ator.
• 10º Festival de Cinema e Cultura Latino Americana de Biarritz de 2001 – Melhor Filme.
• 1º Festival Iberoamericano de Cine “Cero Latitud” de 2001 – Melhor Ator.
Trailer
Dicas para sala de aula
Área de Linguagens
(Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Artes e Educação Física)
Os anos 1970, época em que contextualiza o enredo do filme Bicho de Sete Cabeças, e que pulsava uma resistência artística silenciosa no Brasil e no mundo. Artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil e Elis Regina, mesmo sob a constante vigilância da censura, encontravam maneiras criativas e poéticas de expressar críticas e anseios por liberdade em suas letras e melodias. As canções se tornaram verdadeiros códigos compreendidos pelo público que ansiava por mudanças.
No plano internacional, a explosão do punk rock no Reino Unido e nos Estados Unidos, por exemplo, representava uma rejeição ruidosa aos padrões estabelecidos, um grito de uma geração que questionava o “status quo”.
A arte e a cultura se tornaram veículos poderosos para expressar as complexidades e contradições de uma época marcada por repressão e desejo de liberdade.
Saiba mais: Anos 70
Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
(Filosofia, Geografia, História e Sociologia)
De 1964 a 1980, o Brasil viveu sob a sombra da Guerra Fria, um período de forte alinhamento com os Estados Unidos que moldou a política nacional. O temor do comunismo, intensificado pelo cenário global, serviu de pretexto para o Golpe Militar de 1964, que instaurou uma ditadura de 21 anos com o apoio tácito dos EUA. Essa época foi caracterizada pela censura e pela perseguição implacável às pessoas que se opunham ao regime, apesar de focos de resistência que lutavam contra a opressão. Apenas na década de 1980 o país trilharia o caminho da redemocratização.
Saiba mais:
O golpe de 1964 e a instauração do regime militar
Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias
(Biologia, Física e Química)
Nos anos 70, a ciência avançou significativamente com a convergência de biologia, física e química. A física ofereceu instrumentos como a espectroscopia Raman para analisar moléculas biológicas. A química criou novos compostos e métodos para a produção de medicamentos e para entender reações biológicas. A biologia revelou detalhes sobre proteínas e ácidos nucleicos, essenciais para decifrar os processos da vida.
Área de Matemática e suas Tecnologias
Na década de 70, a matemática e a tecnologia estavam em sintonia. A invenção do microprocessador em 1971, como o Intel 4004, foi um marco que pavimentou o caminho para os computadores pessoais. No mesmo ano, a criação do e-mail transformou radicalmente a comunicação digital, demonstrando o poder da matemática subjacente aos avanços tecnológicos.
Leia o artigo de Kleber Kilhian