A 20° Jornada da Agroecologia do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que ocorrerá de 22 a 26 de novembro, terá apresentações de Bia Ferreira, Chico César e Leci Brandão, grandes nomes da música nacional que fortalecem as pautas relacionadas à agroecologia, à reforma agrária e às causas sociais e populares. Os shows são gratuitos e acontecerão no campus Rebouças da UFPR, em Curitiba.
A abertura do Festival MST, com início às 19h da quarta-feira (22), terá a apresentação do Bloco Pré-Carnavalesco Garibaldis e Sacis. Já o show de Leci Brandão acontecerá quinta-feira (23) às 17h; As Cantadeiras e Bia Ferreira, dia 24, às 17h; e Chico César, dia 25, às 19h. Para encerrar o festival, no domingo (26), acontecerá a apresentação cultural do Bloco Afropretinhosidade.
“Nós precisamos promover e fortalecer a produção de alimentos que respeitem a saúde do planeta, das águas, dos bichos e das pessoas. Nós precisamos acabar com a fome do nosso país, e a única saída para isso é produzir respeitando o meio ambiente e a natureza”, diz a cantora e compositora Leci Brandão, um ícone nacional do samba. “Vamos levar muito samba e muita alegria pra vocês. Vai ser uma honra muito grande”, completou a artista.
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Conferências e marcha vão apresentar as pautas da agroecologia
Também estão confirmadas mais de 10 atrações locais e regionais no Festival MST- Por Terra, Arte e Pão, iniciativa que já aconteceu em diversas cidades brasileiras com música, poesia, dança, comida sem veneno e cultura camponesa. Entre elas estão Quarteto Poty, Sr. Barão, Chico Mineiro e Denilson Viola, Petrus Cuesta, Matula Roots, Cia Mirabólica, Buda Bong e Trupe dos Encantados. Todos os shows são gratuitos.
A Jornada também terá conferências, a fim de debater temas centrais para o fortalecimento da agroecologia. No dia 23, das 9h às 11h, serão apresentados estudos, denúncias e experiências de ações contra o uso de agrotóxicos. A programação terá participação virtual da pesquisadora e professora Larissa Bombardi, autora da pesquisa “Geografia das assimetrias, colonialismo molecular e círculo de envenenamento”; da Procuradora do Ministério Público do Trabalho, Margaret Matos, coordenadora do Fórum Estadual de Combate aos Agrotóxicos e da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
No dia 24, das 9h às 11h, a conferência “Cooperação para a construção da Economia Solidária e Popular, e geração de renda” trará experiências em construção de cooperativas da reforma agrária e da agricultura familiar, e redes de economia solidária. Às 15h deste mesmo dia (24), o professor Luiz Marques, professor livre-docente do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp vai abordar o tema “O capitalismo e o colapso ambiental”.
Uma caminhada pelo Centro de Curitiba também está prevista na programação, no dia 23, a partir das 14h. A “Marcha da Agroecologia: Por Terra, Teto, Trabalho, Alimento Saudável e Soberania Popular” pretende reunir cerca de 3 mil pessoas e integra a articulação nacional Despejo Zero.
Mais de 30 seminários e oficinas gratuitas
Estão previstos mais de 10 seminários, para o intercâmbio de camponeses(as), povos originários e tradicionais, pesquisadores(as), estudantes e militantes. Algumas das temáticas que serão abordadas são: Proteção de Mananciais, Proteção de Alimento Humano Fundamental; Mulheres, Quintais Produtivos e Territórios Livres; Mapeamento da produção orgânica por bacias hidrográficas do Estado do Paraná; 25 anos da Educação do Campo e PRONERA: reconhecimentos, desafios e acumulados; Juventude e Agroecologia.
Cerca de 20 oficinas vão mostrar a prática da produção agroecológica, a partir de diferentes linhas produtivas. Estão previstas práticas para produção de araucária enxertada, usando bambu na agricultura familiar, produção de mudas, produção de armadilha para inserir do tomate, e fabricação de bioinsumos.
Feira da Agrobiodiversidade Camponesa e Popular
Alimentos in natura e processados, plantas ornamentais, sementes crioulas, panificados, livros, camisetas, acessórios, brechó, artesanato dos mais diversos tipos. Tudo isso produzido por trabalhadores e trabalhadoras das cooperativas da reforma agrária e da agricultura familiar, de grupos de diferentes etnias indígenas do Paraná, das padarias e cozinhas comunitárias, das associações e coletivos de economia solidária e agroecologia, grupos guardiões de sementes crioulas.
“São todos grupos que representam a luta do campo e da cidade por terra, teto e trabalho digno, na construção de uma outra economia popular e solidária”, conta Lucas Paulatti Kassar, membro da Mandala – Rede Paranaense de Economia Solidária, um dos organizadores da Feira.
A diversidade e a delícia da culinária brasileira
A comida saudável é uma das questões centrais da agroecologia, e que se expressa durante a Jornada no espaço Culinária da Terra. Lá estarão reunidos os sabores do campo e da cultura brasileira e, principalmente, paranaense, tudo a preços populares.
Entre os pratos previstos estão polenta com molho de carne, o porco no tacho com mandioca, cuscuz, macarrão caseiro, quirera com linguiça, além de pratos vegetarianos e veganos. A sobremesa também está garantida com sucos, sorvetes e picolés de frutas nativas.
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