O Conselho de Administração da Paranaprevidência adiou, novamente, a aprovação de contas da instituição. Com a justificativa da necessidade de mais tempo para analisar a atual situação, o presidente nomeado recentemente, João Giona, suspendeu a votação que seria realizada hoje(09). A votação já havia sido adiada no dia 28 de março.
De acordo com a conselheira Vilma Terezinha, que representa os servidores no Conselho, graças às mudanças feitas pelo governo nos Fundo Financeiro e Fundo Previdenciário, existe uma preocupação quanto ao rombo promovido pelo Estado. “Em 2015, o governo conseguiu a aprovação de um novo plano de custeio para a Paranaprevidência, no dia em que promoveu um massacre dos servidores. A lei aprovada no dia 29 de abril é retroativa ao dia 01 de janeiro de 2015, repassando mais de 30 mil servidores do Fundo Financeiro para o Fundo de Previdência. Nós estamos em uma situação gravíssima porque, de acordo com o Tribunal de Contas do Estado e a nota atuarial o caixa está pesado. Se continua tirando dinheiro mês a mês, em 5 anos não terá dinheiro para pagar os trabalhadores”, explica.
O secretário de Saúde e Previdência da APP-Sindicato, Ralph Charles Wendpap, destaca que o balancete da Paranaprevidência aponta a previsão de um rombo de aproximadamente R$16 bilhões, de 2015 a 2022. “Todas as pessoas que estão recebendo aposentadoria ou pensões pelo Fundo Previdenciário vão ter que passar para o Fundo Financeiro, que é direto do caixa do Estado. Isso acarreta em um impacto grande. Nosso medo é o Estado não conseguir pagar os servidores e quebrar, inclusive deixando de pagar o salário de quem está na ativa”, explica.
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A APP-Sindicato, assim como os(as) servidores(as) representados(as) no Conselho da Paranaprevidência, exige que o governo faça o repasse patronal – garantido por lei – e que o Fundo de Previdência volte a capitalizar para garantir as aposentadorias no futuro. “Queremos que a governadora Cida Borghetti pague a parte patronal que não está sendo repassada à Paranaprevidência. E também que devolva as mais de 30 mil pessoas ao Fundo Financeiro. Nós vamos votar contra a aprovação deste rombo no dinheiro que vai garantir a aposentadoria dos servidores”, explica Vilma.
Mobilização – servidores(as) de diversas categorias fizeram uma mobilização, durante manhã, em frente à Paranaprevidência. A exigência é que o rombo no Fundo Previdenciário pare de crescer. “O dinheiro está sumindo. Isso é muito complicado, para muitos trabalhadores ainda não caiu a ficha. Somos mais de 200 mil servidores e a grande maioria depende da Paranaprevidência”, conta o Manoel Furlan, servidor público.
Confira abaixo as exigências dos(as) servidores(as) daqui pra frente: