Beto Richa articula com aliados para mais uma rasteira no funcionalismo público

Beto Richa articula com aliados para mais uma rasteira no funcionalismo público


Na tarde desta terça-feira (05), o deputado estadual Professor Lemos veio a público, em seu perfil nas redes sociais, para fazer uma denúncia de um maléfico  esquema que estaria sendo tramado pelo governo estadual. O deputado teve acesso à uma série de ofícios que estão sendo enviados por sindicatos de empresários do Paraná para os(as) parlamentares que compõem ou já compuseram a base aliada de  Beto Richa (PSDB).

Por baixo dos panos – Nos documentos, entidades patronais atacam diretamente os(as) servidores(as) públicos estaduais e pedem aos deputados que votem contra o reajuste da data-base (assegurado por lei), que deverá ser aplicado em janeiro de 2017 para todas as categorias de servidores estaduais, conforme assegurado pela última greve na educação. Segundo o deputado, que não faz parte da base que sustenta os mandos e desmandos do governador, os ofícios têm textos idênticos e são assinados por dirigentes cujos salários ultrapassam os R$ 40 mil reais mensais. “Não vi o mesmo empenho dessas entidades pedindo investigação do roubo do dinheiro destinado à construção de escolas ou mesmo para investigar desfalque de mais de R$ 1,5 bilhão na Receita Estadual, conforme apurou o Gaeco. Temos projetos de criação de CPIs para investigar os desvios do governo estadual que não foram aprovadas por falta de assinaturas de deputados. É estranho e lamentável”, explica o deputado.

Fiep, Faep, Faciap, entre outras, assinam os documentos e pedem a urgente aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), sem a previsão do pagamento de reajustes, avanços e promoções aos(às) servidores(as) públicos(as). É também estranho, que o governo tenha convocado uma reunião com a base aliada na segunda-feira (04), no final da tarde, após a entrega da carta do FES que repudiava retrocessos, e já na terça-feira, organizaram uma audiência pública para ouvir as entidades que apoiam o governador, para assim, definir os ataques às categorias. O que já é fato concreto nesta trama, é que há intenções veladas tramitando dentro da Assembleia Legislativa: o recesso parlamentar que aconteceria agora em julho foi cancelado. A APP está acompanhando de perto toda essa movimentação e não aceitará retrocessos!

“Investir na carreira de quem trabalha com saúde, educação e segurança não é prioridade para este governo. A situação é sem precedentes na história do Paraná. O governador está colocando a sociedade contra os servidores. Ele vai a público nas propagandas dizer que as finanças estão muito bem, mas para as categorias afirma que não tem dinheiro para cumprir a Lei da Data-Base, é  antagônico. Se há falta de dinheiro, não são os concursados que devem ser punidos. Há inúmeros casos de comissionados e assessores com salários elevadíssimos que continuam recebendo, muitas vezes sem trabalhar. Por que os cortes não começam por aí”, questiona o deputado.

O que o governo subestima é o poder de organização dos(as) servidores(as). A APP-Sindicato segue organizando as mobilizações por todo Estado. Nesta quinta-feira (07) começa a primeira etapa da Caravana pela Educação: é luta, cada vez mais forte, contra os retrocessos!

Isso vai fechar em 5 segundos

MENU