Basta de violência contra a mulher: APP defende uma educação que rompa barreiras sexistas APP-Sindicato

Basta de violência contra a mulher: APP defende uma educação que rompa barreiras sexistas

É hora de dizer BASTA para a sociedade machista, misógina e reprodutora de desigualdades

📷 APP-Sindicato

“Combater o machismo também é uma forma de combater a violência. Nós, da APP-Sindicato, sempre defendemos uma escola não sexista e que eduque para a igualdade. É um debate que já fazemos com toda a comunidade escolar para romper essas barreiras”, Marcia Aparecida de Oliveira Neves, secretária executiva de Assuntos Municipais e do Conselho Estadual da Mulher do Paraná (CEM/PR).

Neste dia 25 de novembro erguemos a bandeira de combate à violência. Segundo o Datafolha, só no ano passado, uma em cada quatro mulheres sofreu algum tipo de violência dentro de casa. Estamos falando em um universo de mais de 17 milhões de mulheres, entre todas as idades e camadas sociais.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de feminicídio no Brasil é de 4,8 para cada 100 mil mulheres, sendo a quinta maior do mundo. O feminicídio se tornou crime hediondo no Brasil em 2015 (Lei 13.104, de 2015).

Os dados comprovam a gravidade, mas, infelizmente, os números não computam a violência silenciosa – e ela existe! Por isso, a APP-Sindicato destaca a importância dos debates sobre o tema nas escolas e em vários ambientes, como o de trabalho. A sociedade não pode fechar os olhos para este crime, é preciso o enfrentamento! 

Conscientização e atitudes –  Para ser trabalhado nas escolas, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) mantém o site Saber Amar é saber respeitar, com conteúdos voltados para educadores(as) que querem trabalhar questões de gênero na sala de aula e também a erradicação da violência contra a mulher.

APP-Sindicato ativa no Conselho da Mulher durante a pandemia – Marcia explicou algumas intervenções feitas pela APP. A sugestão da criação de um ambiente virtual com a implementação de dispositivo de denúncias, principalmente na Secretaria de Educação, para que as mulheres se sintam mais à vontade para denunciar (e não apenas a denúncia policial). 

Foi realizado também um monitoramento do Plano Estadual de Política para Mulheres, pois, nos últimos anos, muitos temas que envolvem a Secretaria da Educação e os currículos escolares do combate ao machismo e violência estão abandonados pelo governo.

“Defeitos da pandemia” – Pela pesquisa “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil”, lançada em junho de 2021, pelo Instituto Datafolha e do Fórum Brasileiro de segurança Pública (FBSP), 4,3 milhões de mulheres (6,3%) foram agredidas fisicamente com chutes, socos e tapas. E 25,1% das mulheres que sofreram violência falaram sobre a perda de emprego e a falta de renda como barreiras para que pudessem sair do ciclo de violência.   

Faça a sua parte, denuncie e compartilhe:

16 dias de ativismo pelo fim da violência, campanha impulsionada pela Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, as atividades totalizam 21 dias, com início no Dia da Consciência Negra (20/11) e término no Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro.

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