Após anúncio do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), em prorrogar as medidas restritivas no estado, fica comprovado que o governo paranaense se alia ao Governo Federal com a negativa de lockdown, mesmo com o cenário mostrando os números exorbitantes de óbitos por dia decorrentes do coronavírus.
Ontem, dia 16, anunciava-se 310 novas mortes no Paraná, subindo o número de óbitos para 13.826 – desde o início da pandemia o número de óbitos foi o maior divulgado em um só dia, sendo que 96% das UTIs adultas do Sistema Único de Saúde (SUS) estão ocupadas. É pandemia, é grave, com vidas não se brinca!
As escolas da rede estadual, municipal e particular vão se manter fechadas, prevalecendo o ensino on-line, pelo menos até o próximo dia 1° de abril. Será suficiente? E os outros serviços que continuam funcionando e colocando as pessoas em risco? Restringir horários de algumas atividades e outras estipular apenas uma ocupação menor, quais os critérios adotados para tais medidas restritivas?
O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, reforça “as medidas anunciadas pelo governo Ratinho Junior são insuficientes para estancar a propagação do vírus Covid-19 no Paraná e evitar a tragédia de tantas mortes que estão ocorrendo”.
“A APP-Sindicato continua defendendo que é preciso fazer um lockdowm de verdade no estado do Paraná. Parar o Paraná por 21 dias, reduzindo a circulação de 90% das pessoas nos espaços públicos. Não podemos prolongar o sofrimento que esta tragédia vem provocando no nosso estado”, afirma preocupante o professor Hermes.
A divulgação do governo nas entrelinhas já mostra o cenário, mas, quando a gestão política vai entender que é urgente o lockdown? Confira um trecho: “A decisão endossa a necessidade de controle da circulação do coronavírus no Paraná neste momento. O Estado atravessa um período de elevação dos índices relacionados à doença, como número de casos, óbitos, internações e taxa de transmissão. O governador Ratinho Junior reforçou que o momento de emergência vivido no Estado demanda o cumprimento de medidas mais restritivas. Ele também pediu solidariedade”.
Pede-se solidariedade e continua abrindo portas para a propagação do vírus. Até quando governador?