Áudio repugnante escancara violência machista que sempre estruturou o MBL APP-Sindicato

Áudio repugnante escancara violência machista que sempre estruturou o MBL

A APP-Sindicato se solidariza a todas as mulheres que já sofreram e ainda sofrem com o machismo e a impunidade de Arthur e o MBL

Quem se surpreendeu com a vileza e misoginia do áudio do deputado Arthur do Val (Podemos), que foi à Ucrânia atrás de turismo sexual com vítimas da guerra, não estava prestando atenção.

A história do Movimento Brasil Livre (MBL) é indissociável da mais abjeta violência de gênero. Sua atuação política nasce e sobrevive do assédio, da perseguição, da exploração do ódio e de ataques virulentos à luta por autonomia das mulheres e igualdade de direitos.

Em 2016, Arthur do Val e seus colegas de “movimento” protagonizaram cenas de terrorismo nas escolas legitimamente ocupadas por estudantes secundaristas. Ressurgiu, neste final de semana, o estarrecedor episódio de abuso do então youtuber contra alunas menores de idade do Colégio Estadual do Paraná.

Após passar as mãos nos seios de estudantes e assediá-las verbalmente, Arthur vitimizou-se na delegacia e ainda ingressou com um processo contra uma das verdadeiras vítimas. Saiba mais sobre o caso aqui.

Por anos, o movimento serviu de ponta de lança para a implantação do projeto “Escola Sem Partido”, nome brando para uma política de silenciamento, censura e enquadramento dos(as) trabalhadores(as) da educação. Não por acaso, uma categoria majoritariamente composta por mulheres.

Também são fartamente documentados o papel do MBL no golpe misógino contra a presidenta Dilma Rousseff, sua atuação na perseguição a deputadas do campo progressista e declarações públicas a fazer chacota com temas como o estupro de mulheres.

Sobre os áudios abomináveis do deputado paulista e a condição de absoluta vulnerabilidade das mulheres em conflitos bélicos, recomendamos a leitura do brilhante texto de Jamil Chade, disponível aqui.

A APP-Sindicato se solidariza a todas as mulheres, ucranianas e brasileiras, que já sofreram e ainda sofrem com o machismo e a impunidade de Arthur e seu movimento.

Que este episódio revoltante de objetificação desvele de uma vez por todas a lógica perversa do machismo e suas relações estruturantes com movimentos políticos reacionários que se dizem liberais. O ano eleitoral é uma oportunidade única de avançar. Trabalhemos, pois, para que todo espaço ocupado por homens como Arthur do Val seja tomado por mulheres cientes da necessidade de transformação do mundo.

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