Nesta terça-feira (12) pela manhã, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitiba, ocorreu uma Audiência Pública sobre o “Feminicídio, Violência Doméstica e o Aspecto da vida social de vítimas indiretas”.
O evento, de iniciativa dos(as) deputados(as) estaduais Arilson Chiorato (PT) e Luciana Rafagnin (PT), em parceria com o Instituto Alice Quintilhano, objetivou debater junto com palestrantes que militam nas causas de combate ao feminicídio vários aspectos sobre esse tema delicado e de como é posto na sociedade, e assim encaminhar medidas na tentativa de atenuar o problema da violência contra as mulheres nas cidades e no campo. Sabe-se que muitas vezes é uma violência silenciosa, mas, os índices são altos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de feminicídios no Brasil é de 4,8 para cada 100 mil mulheres, sendo a quinta maior do mundo. O feminicídio se tornou crime hediondo no Brasil em 2015 (Lei 13.104, de 2015).
A secretária executiva de Assuntos Municipais da APP-Sindicato, professora Marcia Aparecida de Oliveira Neves, destacou a importância da audiência e dos debates nas escolas e ambientes de trabalho. “No Sindicato temos a Secretaria da Mulher Trabalhadora e também integramos a Marcha das Mulheres, e precisamos abordar as questões de gênero, pois é necessário para romper com essa cultura machista que temos na sociedade. É um tema que gera discussão, mas que também pode salvar vidas – a cada 11 minutos temos uma mulher morta. No atual momento temos um retrocesso nas políticas públicas e temos que trazer a sociedade para essa reflexão”.
Na mesa de discussões também estiveram presentes outros(as) parlamentares e lideranças de movimentos civis e sindicais.
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