Nesta quarta-feira (30), servidores(as) públicos de todo país participam do primeiro dia de mobilização em defesa do serviço público. Esta é uma iniciativa de centrais sindicais, que iniciam uma campanha nacional permanente em defesa das Estatais e do Serviço Público frente aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). No Paraná, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) e a APP-Sindicato realizam diversas atividades virtuais, respeitando as regras de isolamento social.
No período da manhã, os sindicatos convocam todos(as) os(as) trabalhadores(as) do serviço público para participar de um twitaço, subindo a hashtag #EuDefendoServiçoPúblico. Já no período da tarde, as fanpages da APP-Sindicato e do FES no facebook realizam uma live explicando todos os pontos da reforma administrativa de Bolsonaro. A partir das 18h, será realizado um novo tuitaço. Além das mobilizações virtuais, faixas denunciando os desmandos do governo federal e estadual serão alocados em diversos pontos do estado.
“O dia de amanhã é um dia de luta, intenso. No estado do Paraná faremos a agitação nas redes sociais e pedimos para cada trabalhador(a) que poste uma foto do seu local de trabalho, explicando a importância do serviço público. Este é o início de um longo debate, uma longa jornada, que nós servidores(as) estaremos fazendo e ampliando com toda a sociedade e nossas categorias”, explica a coordenadora do Fórum, Professora Marlei Fernandes.
Propostas Nefastas
De acordo com Marlei Fernandes, a Emenda Constitucional da reforma administrativa (EC 32), protocolada pelo governo Bolsonaro aborda dois elementos centrais, sendo a destituição do serviço público para toda a população e as carreiras dos servidores(as) do país.
“Com a proposta, a maioria do povo brasileiro ficará sem o acesso a um serviço público de qualidade. Já em relação às carreiras, a estabilidade no serviço público é uma proteção do Estado, independente dos governos, porque o servidor(as) tem carreira, então protege os serviços para a população. É uma superação do que ocorria antes da constituição de 88, quando não havia a obrigatoriedade do serviço público e o trabalhador(a) ficava a mercê dos políticos de plantão. Quando um prefeito ganhava a eleição, ele trocava todos(as) os(as) servidores(as) de um município, então superamos essa fase”, explica a coordenadora do FES.
A outra frente de ataque ao setor público é o desmonte e a privatização de estatais importantes para a soberania e o desenvolvimento do país. Petrobras, Eletrobrás, Correios e outras empresas, como bancos públicos, estão em uma lista de privatizações de Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Bolsonaro.
As estatais, em especial as ligadas ao setor energético (Petrobras e Eletrobras) estão na linha de frente da soberania brasileira e são os principais alvos do governo. Na mesma data (30 de setembro), o Supremo Tribunal Federal julgará uma ação que contesta a criação de subsidiárias para vender ativos da Petrobras, ou seja, fatiar a empresa e privatizá-la em partes, sem a necessidade de autorização legislativa.
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