Trabalhadores(as) estiveram hoje (11), pela manhã, no Terminal Guadalupe, no Centro de Curitiba, para conversar com a população e manifestar publicamente o descontentamento da sociedade com a proposta do governo Temer de alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O ato foi organizado pela Frente Brasil Popular, do qual fazem parte a APP-Sindicato e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que levou às ruas mais uma demonstração de resistência e organização coletiva.
Para o presidente da APP, professor Hermes Silva Leão, o momento é de soma de esforços e muito debate. “Estamos nas ruas, justamente na data da votação dessa Reforma para mostrar que somos contra a Reforma Trabalhista e contra as demais Reformas que estão em curso. Não é possível a gente retroceder em direitos. O Brasil ainda precisa avançar muito em direitos e dizer que não aceitaremos um Congresso refém do dinheiro das campanhas deles. São homens e mulheres públicas que precisam receber pelo voto que tiveram, não pelo dinheiro do financiamento da campanha deles”, argumenta durante o ato.
Na pauta de votação do Senado, desta terça (11), está o futuro dos(as) brasileiros(as), onde, a grande maioria sairá perdendo direitos. “A burguesia quer que se vote urgentemente essa Reforma Trabalhista. Depois, o que ela vai fazer com o [Michel] Temer, ela já sabe. Essa votação não era para ser hoje, era para ser mais para frente. Mas o empresariado quer essa Reforma para pagar menos e explorar mais. Por isso que a APP está aqui, junto com outros sindicatos e entidades, como uma forma de esclarecer a população sobre a gravidade da incidência desta Reforma, na vida da classe trabalhadora”, antecipa o secretário de Políticas Sociais da APP, professor Alfeo Capellari.
Até o final desta manhã, a votação no Senado seguia suspensa, graças a um esforço da bancada de oposição. Nas escolas, o momento é para que professores(as), funcionários(as) e diretores(as) de escola debatam com a juventude o futuro dos direitos no Brasil. “Nossa chamada é para que hoje e amanhã todos e todas conversem sobre os direitos que a Carteira de Trabalho representa e simboliza e o que pode acontecer se essas Reformas forem aprovadas”, orienta o presidente da APP diante da gravidade do momento.
Novas informações sobre a votação da Reforma Trabalhista serão divulgadas aqui, no site da APP-Sindicato.
