Comemorado no dia 11 de agosto, o dia do(a) estudante é uma data importante e de luta para todos os(as) alunos(as) do país. Atualmente, a data serve para reconhecer a importância e o espaço que estudantes tem na sociedade, sendo eles(as) a base para a criação de uma comunidade mais justa e igualitária.
Representando todos(as) educandos(as) do Paraná, a União Paranaense dos estudantes Secundaristas (UPES), têm participado ativamente de movimentos em prol da educação pública, bandeira que a APP-Sindicato sempre defendeu.
Criada em 17 de junho de 1945, a UPES é a entidade máxima de representação de todos(as) os(as) estudantes de ensino fundamental, médio, técnico, pré-vestibular e ensino para jovens e adultos das redes pública e particular municipal, estadual e federal. A instituição conta com mais de 3 milhões de estudantes em toda sua base, o que faz da instituição a maior entidade de representação do movimento social do estado do Paraná.
“A UPES surgiu de uma união dos movimentos estudantis do estado do Paraná e hoje atua na construção de grêmios estudantis, na consolidação de uniões municipais, que são entidades que representam os(as) estudantes nos municípios e de modo geral, representando o pensamento dos(as) estudantes, tanto para o poder público, quando para a sociedade civil, organizando a luta através de manifestações e de projetos de lei”, conta o presidente da UPES, Wellington Tiago de Lima.
O presidente da UPES, explica que além de defender uma escola pública de qualidade e emancipadora, a UPES defende o passe livre, e a autonomia estudantil, para que os(as) alunos(as) possam montar grêmios e coletivos estudantis dentro das unidades de ensino. “Lutamos por uma educação que liberte o(a) estudante, não que prenda o pensamento. Então por isso a nossa luta contra o projeto “Escola Sem Partido”, contra os projetos que acabam tanto com a autonomia estudantil, quanto o direito de uma educação emancipadora”.
Wellington Tiago analisa ainda que o movimento estudantil participou de momentos importantes do país, o que mostra o protagonismo dos(as) estudantes durante toda a história brasileira. “Os(as) estudantes lutaram contra o golpe militar, contra a ditadura, lutou pelas diretas já, lutou para derrubar o Collor e nos momentos atuais tem essa tarefa novamente de ser a linha de frente da luta contra um governo autoritário, contra um projeto que acaba com a educação pública. O projeto tira a educação pública e gratuita da prioridade, para entrar um projeto de mercado e o movimento estudantil tem essa tarefa de organizar não só os estudantes, mas a classe trabalhadora para estar na luta”.
Na visão do presidente da UPES, os(as) profissionais da educação são as principais figuras para os(as) estudantes e isso é importante para fortalecer a luta estudantil. “Quando um(a) professor(a) participa das ações do sindicato, do movimento de luta o estudante não só se sente representado, mas ele se sente também na responsabilidade de ir para luta. Para nós, estudantes, encontrar professores(as), funcionários(as)de luta, que estão nas manifestações, para nós é inspirador”.
Novo site
Para comemorar o dia do(a) estudante, a UPES lançou o novo site, onde todos(as) poderão ficar por dentro das movimentações e manifestações dos(as) estudantes. A nova ferramenta irá disponibilizar notícias, datas de eventos, além de uma loja virtual onde os(as) alunos(as) poderão comprar camisetas e bandeiras da instituição.
“Será um site multiplataforma, onde o estudante e poderá encontrar notícias, conteúdos de formação, contatos e também a loja. É um espaço onde queremos também passar melhor a nossa mensagem para o estudante. Faremos do site uma ferramenta de luta e um site de fácil acesso”, explica Wellington Tiago.
Tsunami da Educação
Para lutar contra os cortes na educação (realizados pelos governos estadual e federal), a reforma da previdência e a falta de empregos, a UPES participará das ações do dia 13 de agosto, convocadas por Sindicatos e movimentos sociais. Em Curitiba, o ato ocorrerá na Praça Santos Andrade, a partir das 18h.
“O modelo de educação que nós estudantes e profissionais da educação sonham, são modelos que existem em países desenvolvidos, países onde aconteceram muita luta estudantil e não nesses países onde os estudantes foram protagonistas da luta que carregamos como exemplo aqui no Brasil. Temos aí uma semana de muita luta, uma semana estudantil onde o 13 de agosto vêm como uma data central para estudantes e trabalhadores irem para as ruas. Dia 11 é o dia do Estudante, mas a semana é o dia de irmos para rua e defender nosso país, nossa soberania, nossos direitos e nossa educação”, completa Wellington Tiago.