Ataques a escolas demonstram urgência em desbarbarizar a educação

Ataques a escolas demonstram urgência em desbarbarizar a educação

Em São Paulo, um adolescente utilizando uma suástica foi interceptado ao tentar um ataque na escola; Ninguém ficou ferido

Foto: Guarda Municipal/Divulgação

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Na última segunda-feira (13), a Polícia Militar de São Paulo impediu que mais um ataque terrorista fosse realizado em uma escola pública. De acordo com informações do portal G1, um adolescente de 17 anos tentou invadir a unidade portando uma machadinha, explosivos e utilizando uma braçadeira com um símbolo nazista.

O ocorrido foi na Escola Estadual Professor Antonio Sproesser, onde também funciona a Escola Municipal Vista Alegre. Houve duas explosões, mas ninguém se feriu.

O crime seguiu o padrão de massacres realizados no Brasil e no mundo, organizados por grupos extremistas, como foi o caso de Aracruz, no Espírito Santo, onde um atirador de 16 anos invadiu uma escola municipal com a arma do pai, assassinou quatro pessoas e feriu mais doze.

Segundo o relatório intitulado O ultraconservadorismo e extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques às instituições de ensino e alternativas para a ação governamental, elaborado por pesquisadores(as) do Grupo de Trabalho (GT) da Educação, parte do governo de transição, a extrema direita age para cooptar jovens nas escolas para a radicalização em sua ideologia.

Jogos e comunidades e fóruns anônimos são as principais ferramentas de comunicação que grupos de extrema-direita têm utilizado para cooptar jovens, manipulando sentimentos como a frustração sexual e raiva do mundo para descarregar a violência em mulheres e grupos minoritários.

É necessário desbarbarizar a educação e fazer da escola um espaço acolhedor e plural. Admitir o problema como efetivamente ocorre e admitir a existência da violência, do preconceito, do bullying, é o início do caminho para buscar alternativas de enfrentamento para estas situações.

Os(as) professores(as) têm um papel fundamental ao auxiliar no combate à desinformação, com estímulo à pesquisa em temas das Ciências Humanas e Sociais, com o objetivo de evitar o negacionismo em temas como escravidão e holocausto. 

A Secretária Educacional da APP-Sindicato, Vanda Santana enfatiza que a educação tem o papel de humanizar a sociedade e a forma de combater a violência, alimentada por grupos de extrema-direita, é construir um currículo que possibilita os estudantes a ter uma formação aprofundada que auxilie a superar a realidade de violência.

“Cabe a nós, enquanto sociedade fazermos a luta para que a escola tenha um outro currículo, uma outra organização, um outro objetivo. A educação precisa nos colocar em uma outra dimensão social, uma escola que valorize a cultura, valoriza a arte, o conhecimento científico e que estes conhecimentos auxiliem na emancipação dos(as) estudantes”, explica a secretária.

Confira aqui o artigo publicado na Edição Pedagógica do jornal 30 de Agosto sobre o tema.

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