A direção estadual da APP-Sindicato reivindicou à Secretaria da Educação (Seed) que professores(as) e funcionários(as) de escola tenham prioridade na vacinação contra a Covid-19. O pedido foi apresentado na tarde desta quinta-feira (17) em reunião com a direção da pasta. Durante o encontro, ainda foi cobrado o atendimento de outras pautas da categoria.
“As aulas não pararam durante todo o ano de 2020, os professores e os funcionários trabalharam muito e também estão na linha de frente dessa pandemia. É urgente que a Secretaria da Educação adote todas as medidas necessárias para que a nossa categoria tenha prioridade na vacinação contra a Covid-19”, comentou a secretária Geral da APP-Sindicato, professora Vanda Santana. Segundo o diretor-geral da Seed, Glaucio Dias, o pedido será analisado com a Secretaria da Saúde.
Funcionários(as) PSS
Sobre a situação dos quase 10 mil funcionários(as) PSS que deverão ser demitidos(as) ao final deste ano, devido a extinção e terceirização dos cargos de Agente I e Agente II, a APP-Sindicato insistiu na prorrogação dos contratos. A direção da Seed afirmou que ainda está estudando como fará o processo, porque a licitação não está completa, e que chamará o Sindicato até o dia 29 para fazer esse debate.
Prova PSS
A respeito da prova presencial do processo seletivo simplificado (PSS), remarcada para o dia 10 de janeiro de 2021, os(as) dirigentes sindicais ressaltaram todo o desgaste que o governo tem provocado com a insistência de realizar o processo durante a pandemia, prejudicando, inclusive, o direito de férias dos(as) professores(as) PSS.
A APP-Sindicato insistiu na revogação do Edital PSS n. 47/2020, destacando que o estado de calamidade pública foi prorrogado por mais seis meses, comprovando que não há condições sanitárias para a aplicação dessa avaliação. Questionada sobre o que planeja fazer caso a prova não seja realizada, a Seed apenas informou que pretende estar com a distribuição de aulas concluídas até 18 de fevereiro.
Indenização
O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, destaca que a entidade sindical também reivindicou o pagamento de uma indenização aos(às) educadores(as) que precisaram utilizar dinheiro do próprio salário para comprar computador, celular ou aumentar o plano de internet banda larga para dar aula e atender as demandas das escolas neste período.
“Muitos professores(as) e funcionários(as) tiveram até que parcelar esses gastos. É justo que o governo reconheça todo o esforço da nossa categoria e pague um valor a título de indenização. O governo precisa assumir sua responsabilidade e garantir as condições de trabalho, sem que isso gere despesas para o trabalhador”, relatou.
Diretores(as)
Sobre a resolução que trata da prorrogação do mandato dos(as) diretores(as) e dos diretores(as) auxiliares das escolas estaduais até 9 de julho de 2021, foi apresentada a contrariedade ao condicionamento da prorrogação do mandato ao desempenho da escola durante a pandemia. Hermes destacou que foi um ano excepcional e que não condições de realizar uma avaliação justa.
Ano letivo de 2021
Quanto ao anúncio de volta às aulas em 2021, feito pelo governo à imprensa, a direção sindical reforçou a deliberação da categoria, aprovada em assembleia, de que só aceita o retorno das atividades presenciais quando houver segurança sanitária.
“Nós enfatizamos que estamos conversando com especialistas da área da saúde e que a prioridade é a vida dos professores, dos funcionários e dos estudantes e suas famílias. É muito preocupante o Estado incentivar a quebra do isolamento social enquanto as UTIs estão lotadas e ainda não temos a vacinação da população”, disse Hermes.
O presidente da APP-Sindicato acrescenta que foi reivindicada uma nova reunião para debater a respeito da resolução de distribuição de aulas para o próximo ano e o sistema de ensino a ser adotado em 2021.
Vanda complementa informando que, além da segurança em relação a Covid-19, outra preocupação do Sindicato é quanto a sobrecarga de trabalho e ao adoecimento que as políticas impostas pela Seed tem levado para à vida os(as) educadores(as).
Pane no RCO
Outro assunto abordado foram as reclamações a respeito de uma pane no sistema de Registro de Classe Online (RCO). A Seed admitiu as falhas, mas disse que a solução dependia da Celepar. Afirmou que já havia solicitado correção e, durante a reunião, comunicou que os(as) responsáveis haviam identificado e corrigido os problemas.
