Dirigentes da APP-Sindicato participam nesta sexta-feira (22) da apresentação de um estudo da Campanha Mundial contra a Privatização e o Comércio da Educação. O evento, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Internacional da Educação (IE) e o Proifes, acontece em São Paulo.
O estudo, do Observatório Latinoamericano de Políticas Educativas (OLPE), é resultado de da leitura de mais de 400 documentos produzidos pelo Banco Mundial, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), UNESCO, Banco Interamericano de Desenvolvimento, USAID e Reduca, Organização Internacional de ONGs, da qual participa O TODOS pela Educação do Brasil.
Para os dirigentes da APP-Sindicato, ficou evidente na apresentação que o papel dessas agências é preparar o terreno para construir um único modelo de educação, onde o individualismo e o empreendedorismo são naturalizados e as parcerias público-privadas são destacadas como meio de obter a qualidade da educação, atuando no sentido de invisibilizar as políticas públicas com recorte popular.
A pesquisa demonstra como a ideia da universalização da escola pública e gratuita é negada. Com isso, segundo a apresentação, cada qual deve ter a educação possível e a qualidade deixa de ter meta universalizável, contrariando a defesa do movimento sindical da Educação.
Os sindicalistas também observam que essas agências vêm recomendando a exclusão dos sindicatos do debate como estratégia para atingir seus objetivos de disputa do Estado e dos recursos públicos da educação.
“O movimento sindical que praticamos reforça sua defesa pela escola pública, gratuita, de qualidade e para toda a população. Educação não é serviço, é direito! Educar, não lucrar!”, declararam os dirigentes.
Além da vice-presidente da CNTE, professora Marlei Fernandes, participaram do evento representando a APP-Sindicato, os dirigentes estaduais Arnaldo Vicente, Celso Santos, Lirani Franco, Luís Santos, Paulo Vieira e Vanda Santana, e os dirigentes do Núcleo Sindical Metro Norte, Vandré Alexandre e Élio da Silva.