APP-Sindicato participa de audiência pública da Frente Parlamentar do Coronavírus APP-Sindicato

APP-Sindicato participa de audiência pública da Frente Parlamentar do Coronavírus

Ausência do secretário da Saúde é questionada em um momento de enfrentamento da pandemia

Foto: Pexels

A segunda-feira (19) começou com audiência pública remota da Frente Parlamentar do Coronavírus, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), coordenada pelo deputado Michele Caputo (PSDB), que fala do profundo respeito pelos(as) profissionais de saúde do Paraná.

É a 18ª reunião deste espaço de debate, que ressalta as várias demandas que envolvem a seriedade da Covid-19.  As investigações no Paraná de “fura-fila” da vacina também estão em pauta. Com saúde não se brinca e não é possível prevalecer alguns(umas) sem os critérios determinados pelos órgãos competentes.

Trouxe a também a participação do cientista e doutorando do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Lucas Ferrante, que já pesquisou 11 cidades-polo do paraná, um trabalho encomendado pela APP-Sindicato. Confira a apresentação da avaliação da pandemia no Paraná e as medidas necessárias de restrição para o controle no link (https://bit.ly/3mYWs14).

O retorno das aulas presenciais é um tema preocupante e grave pelo aumento da Covid, caso isso ocorra. Lucas Ferrante mostrou as recomendações no Paraná que são “lockdown de 21 dias com isolamento social de 90% da população, e retorno das aulas (inclusive nas escolas particulares) apenas quando a vacinação avançar em até 70% de toda a população”.

O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, disse sobre a luta do Sindicato desde antes da pandemia chegar ao Brasil com o objetivo principal de preservar a vida e a saúde da população. “Infelizmente o Sindicato tem sido atacado, em campanhas, pela linha negacionista identificada em vários setores do nosso Estado”.

Infelizmente os números de óbitos são altíssimos, além da questão da vacinação que ainda é um processo lento. Seriedade e critérios para as questões também das comorbidades.

É preciso agilizar para salvar vidas! Mais prevenção!

Preocupante e fica o questionamento do deputado estadual Requião Filho (MDB) – “Não é de bom tom não ter a presença do Secretário de Saúde, Beto Preto, não participar dessa audiência sobre o enfrentamento da Pandemia. Parece haver uma orientação do governo para que secretários não participem de debates de temas tão importantes. Estamos tratando de política pública, de saúde”.

Nestor Werner Junior, Diretor Geral da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA) – Os esforços são de todos os setores da saúde, porém, existe uma limitação de insumo. Dependemos da disponibilidade da vacina em larga escala. Tendo vacina, rapidamente conseguimos vacinar. O vacinômetro na página da Sesa mostra o desempenho estadual. Vacina visa reduzir morbimortalidade, mas, vacina não é cura. Pessoas com maior suscetibilidade a desenvolver a doença precisam ficar mais protegidas. Até o fim do mês de maio, a nossa expectativa sempre foi finalizar todos os grupos prioritários, com pelo menos a primeira dose aplicada.

Ivoliciano Leonarchik, Presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (COSEMS) – O Paraná tem seguido a questão do Plano Nacional e do Estadual. As doses das vacinas estão vindo muito picadas. Temos focado também na questão dos exames e leitos, inclusive estamos em busca de financiamento de leitos com suporte ventilatório. Temos desafios grandes e temos que nos reeducar, ou seja, pensar para frente após os pacientes passarem pelo quadro da Covid.

Rafael Ayres, Coordenador-Geral de Fiscalização do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR)Desde janeiro, o Tribunal realiza um trabalho completo e bem didático de acompanhamento sobre o processo de vacinação, mandando questionário no início para os 399 municípios. Foi uma preparação do ambiente de vacinação, prevenção e evitar a legitimação de um fura-fila, por exemplo. Houve recentemente a divulgação de notificações estrategicamente em municípios de casos de fura-fila e as responsabilidades vão ser apuradas tanto pelo Tribunal como por outros órgãos de controle.

Marco Antonio Teixeira e Mauricio Kalache – procuradores do Ministério Público do Paraná (MPPR) – Sobre o fenômeno fura-fila, pela questão de ordem que pode estar sendo violada em alguns locais, e que isso pode acarretar responsabilização em vários níveis jurídicos. As filas são necessárias e devem ser respeitadas. É preciso reconstruir a confiança da população nas práticas sanitárias previstas nas políticas públicas, além de proteção individual e coletiva. Os órgãos de controle estão acompanhando com o propósito também de esclarecer tudo o que for possível, e não somente punitivo.

Denúncias e investigações de possíveis fura-fila

Raul Siqueira, Controlador-Geral do Estado participou e destacou a união de esforços (vários órgãos e servidores públicos) para acompanhar e potencializar a ação de fiscalização no Paraná. Até março, a Controladoria recebeu 628 denúncias.

A estrutura da Ouvidoria-Geral recebe as denúncias, que pode ser feita de forma anônima, pelo telefone (0800-041-1113), site (www.cge.pr.gov.br), e-mail ([email protected]), ou ainda pelo WhatsApp (41) 3883-4014.

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