Na última terça-feira (8), representantes do Núcleo Sindical de Maringá se reuniram com a prefeitura de Sarandi para discutir a continuidade das aulas presenciais na cidade, mesmo em meio a uma grave crise causada pela Covid-19 no Paraná. O Sindicato enfatizou a necessidade da prefeitura tomar uma posição sobre o retorno, principalmente apontando a autonomia dos municípios nas medidas de combate e prevenção ao Coronavírus.
A APP-Sindicato de Maringá, que buscou o diálogo com a gestão, apontou para a necessidade de manter as atividades remotas, sem que haja prejuízo pedagógico nas escolas. Segundo a prefeitura, a gestão não pode arcar com a responsabilidade das escolas estaduais abertas, porém se propôs a manter um diálogo sobre o tema.
“Sugerimos que a prefeitura escreva em um decreto priorizando a autonomia dos Conselhos Escolares na decisão da reabertura dos colégios estaduais e que o Núcleo de Educação não interfira no processo de decisão sem autorização do Conselho Escolar”, enfatiza André Tamiozzo, secretário Executivo de Comunicação da APP-Maringá.
A prefeitura se propôs ainda a levar a pauta para a próxima reunião da Associação dos Municípios do Sentrião Paranaense (AMUSEP), para que haja um encaminhamento unificado na região, principalmente levando em consideração os altos números de infecção.
Ainda na segunda-feira (7), Professores(as), Funcionários(as) de Escola e representantes do Núcleo Sindical de Maringá realizaram um ato simbólico para denunciar a medida nefasta de Ratinho Jr em manter as aulas presenciais, mesmo diante de um alto número de contágio nas escolas paranaenses.
APP-Sindicato é contrária ao retorno das aulas presenciais
A APP-Sindicato é contrária ao retorno das atividades presenciais pois considera que o país enfrenta um grave quadro epidemiológico e uma alta taxa de contágio, que poderá se agravar com aulas com a presença de estudantes das unidades de ensino.
“Vivemos uma tragédia hoje no Paraná, que é noticiada no portal Piá com informações da própria Secretaria de Estado da Educação (Seed). Até o dia 28 de maio, 35 turmas foram fechadas com 102 estudantes, 112 professores(as) e 76 funcionários(as) de escola contaminados(as). O governador Ratinho Jr não pode apenas sumir e deixar que estudantes, profissionais da educação e comunidade escolar corram risco de vida ao manter um contato presencial nas escolas públicas”, ressalta o presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão.
O Sindicato aponta ainda, que a categoria decidiu pela continuidade da luta em defesa da vida como principal objetivo desse período de pandemia, reafirmando a Greve pela Vida e repudiando a retomada das atividades presenciais.
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