Nesta quinta-feira (22), o jornal Gazeta do Povo traz uma matéria sobre a possibilidade do fechamento de 150 escolas no Paraná, fato que já havia sido denunciado pela APP-Sindicato, no dia 30 de setembro, quando procurou a Secretaria de Estado da Educação (Seed) junto a diretores(as) de diversas regiões do Estado que haviam sido notificados(as) da proposta de “otimização” de vagas. Para tentar evitar mais um entre os recorrentes abusos do Governo Estadual contra a educação pública, a APP solicitou à Seed que o debate com a categoria fosse aberto, na tentativa de apresentar os dados reais das escolas públicas do Paraná – que hoje enfrentam superlotação, falta de profissionais e deficiências estruturais graves. “Muitas dessas escolas estão inseridas nas comunidades há mais de 30 anos. Algumas atendem a 500, 600 alunos. Comunicar um fechamento, sem o devido debate, com a justificativa de corte de gastos é absurdo. Para que uma escola seja aberta, a comunidade é consultada, é um debate coletivo. Portanto, o fechamento ou até o remanejamento desta escola deve sim ser discutido com a população diretamente afetada”, explica a secretária Educacional da APP-Sindicato, professora Walkíria Olegário Mazeto.
Desde a reunião com a Seed, a APP-Sindicato trabalha contra o tempo para apresentar a defesa pelo não fechamento. O Sindicato tem recebido dezenas de denúncias da comunidade escolar, sobre turmas de EJA, escolas do campo, escolas urbanas, todas lidando diariamente com a ameaça do fechamento. ”Cada escola tem uma especificidade. Se eu fecho uma turma de EJA no bairro, o estudante trabalhador dificilmente vai se deslocar para o centro para continuar os estudos. Isso vem totalmente na contramão do plano estadual de educação e até mesmo da proposta de campanha de criar novas vagas, turmas e 500 escolas de ensino integral. Até hoje, não foi criada nenhuma”, salienta a professora.
O Sindicato, elaborou um passo a passo (confira abaixo) sobre como a comunidade escolar deve proceder diante da possibilidade do fechamento. Reforçando ainda que as escolas devem continuar não aceitando nenhuma orientação de ‘otimização’ de turmas por telefone. Devem exigir que qualquer medida, neste sentido, seja encaminhada à unidade por escrito.
O Sindicato informa ainda que a reunião entre APP, Comissão de Educação da Alep e Secretaria da Educação, marcada para primeira semana de outubro, também foi cancelada pela Seed, portanto, é momento de pressionar o governo do Estado. Uma reunião com diretores(as) está marcada para amanhã (23), pela manhã, na sede da APP, para debater o fechamento e junção de turmas e escolas. A direção do Sindicato e está atuando junto ao Ministério Público Estadual e ao Conselho Estadual de Educação a fim de evitar toda e qualquer ação que prejudique a educação pública no Paraná.
|