A Escola Pública é Nossa: Trabalho, Educação e Interseccionalidades é o tema do mais novo programa de formação da APP, chamado de Escola de Formação 2023. Desenvolvido em parceria com a Unespar, o curso será realizado por meio de grupos de estudo presenciais, além de atividades on-line.
Em breve o Sindicato disponibilizará inscrições para educadores(as) de todo o estado, que participarão de grupos de debate e estudo nos Núcleos Sindicais. A primeira etapa é interna, com início em março, e tem o objetivo de preparar formadores(as) que se encarregarão de ministrar a formação para os grupos locais.
Esta fase contará com palestras do Prof. Dr. Márcio Pochmann sobre o livro Neocolonialismo à Espreita: Mudanças Estruturais na Sociedade Brasileira. A Professora da UFPR Megg Rayara também participa numa segunda rodada de estudos e debates explorando o tema principal a partir da Interseccionalidade de Classe, Gênero, Raça e Etnia.
A formação nos 29 Núcleos Sindicais acontecerá de abril a junho e terá, em sua primeira parte, um total de 32h.
“Este programa de formação será ofertado nos Núcleos da APP-Sindicato sob a orientação dos Grupos de Trabalho e Estudo (GTEs) regionais. Esperamos promover a reflexão e com isto, uma interpretação mais assertiva da realidade atual, apontando caminhos para nossa organização coletiva em defesa das nossas lutas cotidianas”, explica Sidineiva Gonçalves de Lima, secretária de Formação Política e Cultura.
O programa é voltado ao debate sobre o mundo do trabalho, educação e interseccionalidade, refletindo de forma transversal sobre questões estruturais da sociedade brasileira e suas expressões dentro das escolas. Leituras obrigatórias individuais e coletivas conduzem a formação.
Retomada presencial
A APP não fazia Programa de Formação presencialmente desde 2019, optando em razão da pandemia pela modalidade on-line. “Temos grandes expectativas na Formação presencial. O fato de as pessoas estarem presentes, terem contato visual e sinergia, é muito diferente de estar apenas on-line, onde as pessoas ficam dispersas. Vamos retomar a humanidade do processo de formação e conseguir aprofundar melhor os temas”, diz Cleiton Denez, secretário executivo de Formação Sindical.
O secretário avalia que a formação para a luta sindical amplia a possibilidade de as pessoas discutirem, refletirem e intervirem em seus locais de trabalho, a partir de temas e agendas que são do sindicato e da sociedade brasileira como um todo. “Quando as pessoas começam a debater e refletir, elas começam a ter uma visão diferente do processo social como um todo”, afirma.
O conteúdo da Formação foi montado pela Unespar, a partir da demanda de pensar a realidade social brasileira de uma forma estrutural, considerando o mundo do trabalho, a educação e relacionando com o que acontece nas escolas.
“Convido toda a categoria a participar do processo de formação. É uma oportunidade para discutir temas que atingem a escola, as angústias e as necessidades do dia a dia. Fica o convite para toda a categoria se fazer presente na formação que os núcleos vão oferecer a partir de abril”, afirma Denez.