Uma sociedade com mais igualdade e direitos para todos(as) passa, fundamentalmente, pelo direito a uma educação pública de qualidade. A APP-Sindicato dedica-se para que, em todo Paraná, os(as) educadores(as) tenham boas condições de trabalho e que sejam valorizados(as) pelo ensino com maestria. Tão importante quanto o reconhecimento é o espaço de debate e luta para uma sociedade melhor.
Ao longo dos 71 anos de trajetória, foram incontáveis mobilizações, marchas e greves, mesmo durante o período de ditadura militar. Uma das principais marcas da APP foi e tem sido a resistência e enfrentamento às políticas neoliberais, que promovem a exclusão social.
A APP-Sindicato começou quando, em 1947, um grupo educadores(as) do Colégio Estadual do Paraná (CEP) e do Instituto de Educação (IE) criaram a Associação dos Professores do Paraná (APP). Em 1989, a democracia dava seus primeiros passos no país e os(as) trabalhadores(as) ganharam o direito de organizarem-se em Sindicatos, a entidade mudou o nome, passou a se chamar APP-Sindicato.
A história da APP funde-se com a história do Paraná . A conquista da Lei do Magistério, em 1949 e a corajosa resistência – na década de 90 – aos ataques promovidos contra os(as) servidores(as) pelos governos neoliberais de Jaime Lerner e Fernando Henrique Cardoso são marcas históricas de como o Sindicato interfere positivamente na carreira dos(as) professores(as). Recentemente, o 29 de abril de 2015 e os ataques de Beto Richa (PSDB) e Michel Temer (PMDB), novamente, colocaram as ações de embate da APP no centro do noticiário mundial. A batalha do 30 de agosto de 1988 e o Massacre do Centro Cívico são marcas históricas de que a tirania dos governos ultrapassa os limites dos ataques morais e à carreira.
Muitas batalhas, mas também muitas vitórias – Um dos resultados mais expressivos da força de unidade e mobilização da categoria foi, em 2004, a aprovação do primeiro Plano de Carreira do Magistério. Uma conquista histórica da categoria, que há anos vinha enfrentando à duras penas uma profissão que, apesar de gratificante, era pouco valorizada. O salário era pequeno e não havia espaços para progredir, a carreira de professor era estagnada.
A professora aposentada Maria Adelaide Mazza Correia participou do processo de lutas que antecederam esta conquista e relembra “Ingressei no Magistério na década de 70 e, logo em seguida passei a participar das atividades da APP, que era uma associação. Tudo o que eu consegui obter dentro da carreira foi pela luta da APP. O Sindicato foi decisivo para termos um Plano de Carreira”, rememora.
A professora Walkiria Olegário Mazeto integra o quadro de dirigentes estaduais da APP-Sindicato, está a frente da Secretaria de Finanças. Ela também estava na escola na época da aprovação do Plano e compara as carreiras de antes e depois deste marco. “O primeiro grande impacto do Plano de Carreira foi a correção salarial. Vínhamos de 10 anos sem reajuste. O Plano constituiu e reorganizou a trabalho e a remuneração dos professores e abriu possibilidades para conquistas como o PDE”, relembra a professora.
Em 2004, Walkiria tinha acabado de ingressar no Quadro Próprio do Magistério (QPM) do Estado do Paraná. De lá para cá, a insistência do Sindicato, a união da categoria e o cumprimento das leis fez melhorar a carreira dos(as) professores(as). “De imediato tivemos um reajuste de quase 30% nos salários e isso teve um impacto muito positivo nas escolas. Outra grande conquista foi o direito a ter tempo para estudar e também o tempo para mestrado e doutorado”, menciona Walkira ao salientar a perspectiva que o Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE) trouxe aos professores e professoras.
A APP construiu um histórico de defesa da educação pública que, por si só já é extraordinário. Mas o Sindicato vai além, assumindo o protagonismo e apoio às grandes lutas da sociedade contemporânea que interferem direta e indiretamente nas escolas como o direito à democracia, o direito de igualdade mulheres, a valorização da cultura afro e dos(as) negros(as), bem como dos(as) trabalhadores(as) rurais e do combate à LGBTfobia. O resultado dessa atuação é um reconhecimento, em nível nacional, da importância civil, social e política quinto maior sindicato do Brasil.
As conquistas são gradativas e ainda há muito que lutar: reconquistar a hora-atividade, as liberações para licenças e cobrar aplicação das leis que garante o reajuste salarial e o pagamento do índice da inflação são algumas das revindicações que hoje afligem a educação. A resistência ao desmonte de carreira, novamente, deu o tom das ações e manifestações do Sindicato.
Professor e professora, a APP-Sindicato tem orgulho em fazer parte da sua história e em ter você lutando conosco. A sua dedicação e unidade faz a força da APP. Juntos(as), seguiremos incansáveis na defesa de uma educação pública de qualidade!
Leia também:
:: Histórico de lutas da APP-Sindicato
:: APP-Sindicato completa 71 de unidade e lutas pela educação pública
:: A APP-Sindicato e a conquista dos(as) funcionários(as)
Relembre algumas conquistas dos(as) professores(as):
|
Pelo que lutam os(as) professores(as) agora em 2018?
|