APP-Sindicato entra na Justiça para barrar ilegalidades da Resolução de Distribuição de Aulas APP-Sindicato

APP-Sindicato entra na Justiça para barrar ilegalidades da Resolução de Distribuição de Aulas

Com falta de diálogo do governo, Sindicato entra com ação para garantir os direitos dos(as) educadores(as)

 

A APP-Sindicato protocolou na Vara da Fazenda Pública de Curitiba, no início desta semana, uma Ação Declaratória pedindo, em caráter de urgência, a nulidade da Resolução de Distribuição de Aulas do Governo do Paraná. O Sindicato avaliou os efeitos jurídicos e pedagógicos do documento e encontrou ilegalidades e punições inaceitáveis. O governo Ratinho Jr. mais uma vez, mantém o caráter exclusivamente mercadológico na gestão da educação pública do Estado, onde o número de aprovações importam mais que as vidas dos(as) trabalhadores(as) e a qualidade do Ensino ofertado.

Dentre as irregularidades estão:

  1. O descumprimento da Lei do Piso do Magistério que estipula 1/3 de hora-atividade na jornada de professores(as), pedagogos(as) e readaptados(as).
  2. Continuam as punições (com a impossibilidade de pegar aulas extraordinárias) aqueles e aquelas que adoeceram, em 2020, e apresentaram atestado de mais de 3 dias.
  3. Obriga professores(as) a assinarem uma declaração de próprio punho dizendo que não pertencem ao grupo de risco e eximindo, assim, o Estado de responsabilidade com saúde destes(as) profissionais.
  4. Proíbe que professores(as) com mais de 60 anos peguem aulas extraordinárias, sem levar em conta que estar no grupo de risco exige cuidados, mas não as tornam inaptas ao trabalho.
  5.  Afasta e retira o salário de gestantes PSS que tiveram o contrato prorrogado, por se encontrarem em estabilidade provisória.

:: Leia aqui a análise da APP-Sindicato sobre a Resolução da Distribuição de Aulas (208/2021)

O presidente da APP-Sindicato lamenta o conteúdo da publicação e afirma que buscar na Justiça é uma forma de garantir o respeito à carreira dos(as) educadores(as) e à vida dos(as) milhões de paranaenses. “O governo quer que as aulas iniciem a todo e qualquer custo para mostrar uma eficiência na sua gestão, mesmo que esse custo seja a vida de pessoas. Estamos ainda em meio a pandemia é absurdo impor um retorno neste formato de ausência de vacinas, de falta de cuidado sanitário e penalizando os grupos de risco tenham seus salários reduzidos. Acionamos sim a Justiça porque é nosso papel fazer essa defesa da vida, do respeito e da qualidade do Ensino e por conta da falta de diálogo do governador Ratinho que não nos atende desde que assumiu o seu mandato”, avalia Hermes.

A APP-Sindicato acompanha agora o andamento da Ação. “Além da manutenção da ilegalidade que é retirar a hora-atividade, temos uma afronta ao princípio da igualdade na medida em que a Resolução considera como motivo de segregação entre servidores que são e que não são do grupo de risco, entre outras inconformidades”, salienta o secretário do Departamento de Assuntos Jurídicos da APP-Sindicato, professor Mario Sérgio de Souza.

1APPdistribuicaodeaulasprofessorQPMeQUP.Resolucao208.2021aulasextraordinariasgrupoderisco

MENU