O Ensino Médio, assim como todas as etapas, níveis e modalidades da educação merece ser avaliado constantemente, numa busca permanente de aprimoramento para melhor atender a uma sociedade carente de políticas públicas adequadas às suas necessidades e potencialidades. Porém, qualquer metodologia que não promova o acesso, a oferta com qualidade e participação de todos(as) no debate, e ainda mais de forma precipitada como se quer, incorre em risco grave de fracasso, segregação e discriminação, dada a realidade diversa a que se refere.
Refletir sobre o Novo Ensino Médio passa, também, por discutir as condições de trabalho dos(as) educadores(as), como porte de escolas, número de estudantes por turma, condições dos laboratórios e bibliotecas, entre outras questões que afetam o dia a dia da escola e o fazer pedagógico dos educadores.
“Nossa defesa sempre foi e será por um Ensino Médio que se constrói de forma coletiva, do respeito à realidade e às especificidades dos(as) educandos(as), da inclusão de temas que valorizem o conhecimento científico e os modos de vida destes sujeitos e promovam uma visão crítica do mundo, sua inserção no mundo do trabalho e a participação social”, afirma a secretária Educacional da APP-Sindicato, professora Taís Mendes. A educação pública defendida pela APP, na perspectiva da classe trabalhadora, deve ter um currículo voltado para a formação integral que promovam a emancipação humana e a construção de uma sociedade justa e igualitária.
Sendo assim a APP-Sindicato propõe e defende:
– Suspensão do processo de implementação por conta da pandemia e da pouca e efetiva participação nos processos de debate;
– Orientação de não participação ao processo de consulta do CEE pelos problemas que levantamos neste e em documentos anteriores e pela ausência de discussão de todo o processo de construção da deliberação e referencial;
– Dia 30/6, dia “D”: potencialização nas redes sociais de estudantes, pais, mães e responsáveis e trabalhadores(as) da educação da hashtag #NaoNovoEnsinoMedio, com vídeos curtos com depoimentos e posts sobre a suspensão do processo;
– Seminários e lives sobre a temática apresentando nossa contrariedade ao processo, a deliberação e referencial curricular, bem como apresentar outras possibilidades de organização do Ensino Médio;
– Divulgação, leitura, reflexão por parte dos(as) professores(as) sobre os materiais produzidos sobre o tema, como este documento, bem como o texto como “Novo ensino médio no Paraná: precarização, reducionismo e empobrecimento curricular na formação das juventudes” (veja a referência no final deste documento);
– Divulgação de carta às comunidades – um passo a passo das mudanças que acontecerão nas escolas com a chegada do Ensino Médio;
– Fazer valer a autonomia da escola, conforme prevê a deliberação na discussão da deliberação, de seus arranjos curriculares e na produção dos seus PPP;
– Incentivar a participação dos(as) estudantes do Ensino Médio no processo de discussão nas escolas.
Assista à live especial (transmitida nesta última segunda-feira) com as argumentações da APP-Sindicato sobre o tema.
VEJA AQUI O DOCUMENTO NA ÍNTEGRA
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