Na manhã desta quinta-feira (21), o procurador geral de Justiça Gilberto Giacoia, do Ministério Público do Paraná (MP-PR) acompanhado do Dr Olympio de Sá Sotto Maior Neto, coordenador do centro de apoio operacional de proteção aos direitos Humanos, receberam a direção da APP-Sindicato, que apresentou documentos sobre as dificuldades da educação pública do Paraná neste período de suspensão das aulas presenciais.
Entre os principais pontos abordados no encontro estão a preocupação com a exclusão escolar de alunos(as) pela dificuldade de acesso aos meios tecnológicos, com a qualidade da aprendizagem em tempos de pandemia e a quebra do isolamento social com a convocação de profissionais da educação para o atendimento de estudantes.
O Sindicato também apresentou a preocupação de que o Estado decida pela voltas às aulas sem nenhum diálogo. A Secretária Geral, Professora Vanda Santana, alerta que estes assuntos devem ser debatidos com a categoria. “O procurador entende que a escola precisa ter vínculo com seus estudantes, o que nós defendemos também, porém a forma como o processo foi implantado está causando muito adoecimento, além de não alcançar o objetivo almejado”.
Ofícios não respondidos pelo governo – O presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Silva Leão, ressaltou aos procuradores o descaso tanto do gabinete do governador bem como da Secretaria de Estado da Educação e Esportes (Seed), em não responder ofícios enviados e que dizem respeito a direitos da categoria. Segundo a direção, os representantes do Ministério Público se comprometeram a entrar em contato com a Casa Civil e Seed para buscar as respostas aos ofícios não respondidos e também uma mesa de negociação.
Pós pandemia – A direção sindical ressaltou a disposição para a necessidade de uma análise da aplicação da proposta, os riscos de um aumento acentuado de evasão escolar pelas dificuldades acentuadas bem como com a segurança da saúde no retorno às escolas.
A Professora Vanda Santana ainda enfatiza que o tema da Educação a Distância em tempos de pandemia está em debate no Conselho Nacional de Procuradores da Justiça. “Isso reforça que o tema da educação é um assunto que diz respeito a toda sociedade, não apenas a categoria, trabalhadores(as) ou pais de estudantes. Nós da APP-Sindicato defendemos para o procurador que o calendário escolar pode sim ser reorganizado, trazendo a centralidade à aprendizagem, a qual deve ser mediada pela interação das coordenações pedagógicas, direções, professores(as), estudantes, famílias e os recursos tecnológicos”, destaca a secretária, que aponta que também foi feita a defesa da inclusão educacional, do acesso gratuito e da qualidade do ensino.
Participaram da reunião pela APP-Sindicato: presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão, a secretaria de Assuntos Gerais, Professora Vanda Santana e o advogado da entidade, Agnaldo Santos.
Pelo MP-PR: procurador, Drº Olympio Sotto Maior e procurador-geral de Justiça Gilberto Giacoia, Promotor de Justiça e Assessor de Gabinete do Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva Mattos.