A APP-Sindicato está mobilizando e orientando a categoria contra a Resolução n. 4.057/2020, publicada esta semana pela Secretaria da Educação e do Esporte (Seed), que convoca professores(as) e funcionários(as) da rede pública estadual para realizar expediente nas escolas durante a pandemia do novo coronavírus. O assunto será tema de uma transmissão ao vivo pela internet hoje (22), às 17h na página do Sindicato no Facebook (www.facebook.com/appsindicato).
A entidade denuncia que o documento desrespeita as orientações das autoridades de saúde e coloca em risco a vida dos(as) trabalhadores(as). “A partir do momento que a Secretaria da Educação faz com que milhares de funcionários, equipe pedagógica e professores tenham que ir pra escola, sem necessidade, o secretário Renato Feder mostra que não tem responsabilidade com a vida dos profissionais da educação, dos estudantes, da comunidade e com a saúde pública”, disse a secretária de Funcionários da APP-Sindicato, Nádia Brixner.
A dirigente explica que a convocação é abusiva e desnecessária, pois no momento não há demanda de trabalho nas escolas que justifique a obrigação de ficar oito horas nas instituições se expondo à infecção e transmissão do novo coronavírus. Até o momento, a convocação dos(as) trabalhadores(as) tem sido realizada através de escala.
Clique aqui para ler a íntegra da Resolução n. 4.057/2020.
Nádia cita ainda que a resolução pune as pessoas do grupo de risco, que estão trabalhando de forma remota, quando prevê a retirada de direitos como auxílio-transporte e adicional noturno. “Isso vai fazer com que essas pessoas, que já recebem os menores salários, coloquem a sua vida em risco saindo do isolamento social para cumprir expediente na escola e não perder esse complemento da renda, que é importante para a sua sobrevivência”, afirmou.
“Faremos a live para que toda a nossa categoria entenda o que diz esta e outras resoluções e como elas vão impactar em nossas vidas. Vamos reafirmar nossa posição sempre em defesa da vida dos profissionais da educação e da comunidade escolar. Somos absolutamente contrários a esse desrespeito do governo do Estado”, destacou.