APP-Sindicato condena ataques racistas e misóginos à vereadora Miss Preta, de Pinhais

APP-Sindicato condena ataques racistas e misóginos à vereadora Miss Preta, de Pinhais

Em pronunciamento, a vereadora enfatizou que os ataques criminosos precisam ser investigados e os responsáveis punidos

Foto: Arquivo pessoal

A vereadora Edna Sousa, mais conhecida como Miss Preta (PT), do município de Pinhais, tem sido vítima de uma campanha de ódio a partir de ciberataques racistas e ameaças de morte desde o último dia 18 de março. A parlamentar protocolou boletim de ocorrência junto à Polícia Civil (PC), mas até agora não houve prisões relacionadas ao caso.

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Em suas redes sociais, a vereadora publicou uma das mensagens recebidas, onde um usuário utilizava ofensas racistas e ameaças de mortes. A legisladora foi ouvida pela primeira vez na delegacia da cidade no dia 21 de março e fez um boletim de ocorrência por conta dos ataques.

Em pronunciamento, a vereadora enfatizou que os ataques criminosos precisam ser investigados e os responsáveis punidos.

“Eu que me dedico diariamente ao trabalho árduo de representar e trabalhar pela população de Pinhais, me vi sendo alvo da violência política e do racismo. Uma violência que não é só contra mim, mas contra todas as mulheres negras, contra todas as pessoas que buscam um espaço legítimo de voz e poder”, aponta a vereadora em uma publicação.

A APP-Sindicato se solidariza com a vereadora e aponta que os ataques são uma tentativa de intimidar a atuação da vereadora, que luta por justiça social para a população negra e os mais vulneráveis.

“A vereadora Miss Preta foi a mais votada e assim como outras representantes da população negra, sofre ataques covardes de criminosos, que se escondendo atrás de uma tela, continuam perpetuando o racismo e a misoginia. Nós, da APP, cobramos que os disseminadores de ódio sejam identificados e punidos, dando uma resposta ao eleitor da vereadora e para a população”, completa a secretária de Promoção de Igualdade Racial e Combate ao Racismo, Celina Wotcoski.

Já a secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+, Taís Adams, reforça que é inadmissível que em 2025, crimes como esse ainda continuem ocorrendo sem a devida atenção das autoridades.

“É inadmissível que em 2025 ainda ocorra racismo. É dever de toda sociedade combater essa violência. Nós mulheres precisamos ocupar a política e devemos em unidade repudiar o racismo, cobrando a identificação e devida responsabilização do(a) agressor(a). Lutamos por por uma sociedade mais justa e igualitária e se posicionar contra toda forma de discriminação é essencial.  Todo apoio e solidariedade à vereadora Miss Preta”, completa a secretária.

O Partido dos(as) Trabalhadores(as) do Paraná também condenou os ataques e enfatizou que as mensagens devem ser consideradas como violência política, de gênero e de raça. Em nota, o PT-PR  destacou que as mensagens “projetam insegurança e medo. Tentam inferiorizar, pois se apequenam diante da grandeza da nossa luta. Nas ameaças, revela-se o receio da mudança social que a vereadora promove e representa”.

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