Representantes da APP-Sindicato, professores(as) e estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) estiveram hoje (19), pela manhã, no gabinete do líder do governo, o deputado Houssein Bakri, na Assembleia Legislativa do Estado (Alep) para buscar soluções para os problemas que afetam as escolas e Ceebjas.
A reunião foi pautada pela preocupação do Sindicato e dos(as) educadores(as) com a redução de oferta imposta pela Seed para a modalidade. A partir deste ano, não existe mais a flexibilidade na grade de ensino e atendimento individualizado que permitia ao(à) aluno(a) trabalhador(a) concluir seus estudos. “Temos que lembrar que a EJA deve acolher àquele jovem e adulto que esteve por anos afastado da escola, e não criar empecilhos para seu retorno. Na EJA temos funcionários de fábricas que trabalham em turnos alternados, temos motoristas que se ausentam por dias, por exemplo. Para essas pessoas o novo modelo com a imposição de frequências em turnos regulares e ofertas de disciplinas por blocos irá inviabilizar a conclusão dos cursos”, afirma a secretária Geral da APP-Sindicato, professora Vanda do Pilar Santana.
Pelo novo modelo, (os)estudantes precisam se matricular em turmas e cumprir horários semelhantes aos do ensino regular. Para o presidente da APP-Sindicato o governo deve trabalhar com políticas públicas para inclusão e permanência deste(a) jovem na escola. “Desde o ano passado nos dispusemos a criar soluções sociais e pedagógicas pela manutenção do máximo de alunos possíveis na EJA e não fomos ouvidos ou atendidos. Agora no início do ano, o que denunciávamos se tornou realidade: muitos estudantes não estão conseguindo frequentar as aulas”, reforça.
O deputado Houssein Bakri mostrou-se compreensível à defesa do antigo modelo, feita pela direção da APP-Sindicato e, durante a reunião o deputado fez uma ligação para o secretário de Educação, Renato Feder, no intento de mediar um diálogo entre as partes. Da ligação, saiu o compromisso de que uma reunião entre o secretário, a APP-Sindicato e representantes da EJA (professores e estudantes) tratará de soluções sobre a modalidade. O tema será tratado no dia 03 de março, no período da manhã.
Diante da atual situação a APP-Sindicato orienta que a comunidade se organize, documente as dificuldades que a escola tem tido para confirmar e/ou efetivar matrículas e junto com o abaixo-assinado enviar para o e-mail [email protected] ou entregue nos Núcleos Sindicais da APP como também pode ser enviado diretamente ao Conselho Estadual da Educação que estará reunido na semana de 17 a 21 de fevereiro.
O Ministério Público do Paraná também pode e deve ser procurado para se fazer denuncias sobre casos de estudantes que estão com a matrícula e continuidade dos estudos inviabilizado, isso pelo telefone (41) 3250-4703, pelo email [email protected] e até mesmo pela internet no link que está aqui.
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