A direção estadual da APP-Sindicato, bem como toda a nossa categoria, repudia fortemente as alegações que constam em uma nota publicada nesta segunda-feira (23), no site da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), sobre os supostos danos causados durante a ocupação da Casa Legislativa, pelos(as) educadores, há duas semanas. A Diretoria Geral da Alep acusa a nossa categoria de provocar danos que, até o momento, ultrapassam os R$ 50 mil.
Além disso, a nota responsabiliza os manifestantes pelo hipotético sumiço de itens do patrimônio da Casa Legislativa, a exemplo de 12 garrafas térmicas, um açucareiro, uma bandeira do Brasil e seu respectivo mastro. Vale saber se nesta conta estão os danos provocados a estrutura da cerca, que foi serrada, para dar acesso aos(às) deputados(as) que apoiavam o pacotaço do governador Beto Richa, no último dia 12.
A entidade e a categoria também querem saber como foi realizada a investigação que comprovou, de fato, que foram os manifestantes que deram sumiço ao patrimônio que “desapareceu” da Alep. Ontem (23), o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, se reuniu com o presidente da Alep, o deputado Ademar Traiano. Na conversa Hermes fez questão de frisar que a entidade e outros sindicatos arcarão com os custos que decorreram direta e comprovadamente da nossa ocupação da Assembleia, tal como as portas que acabaram quebradas, o vidro da mesa da direção da Casa e os portões.
“A ocupação só ocorreu devido a teimosia do governo e da sua base, na Assembleia, em enviar propostas e tramitar projetos que prejudicavam a nossa e outras categorias. Ademais, repetimos que foi uma ocupação pacífica. A todo o momento nós reiteramos a necessidade de cuidarmos do espaço e de não haver depredações. Claro que em mobilizações de massa por mais cuidados que se tomem, alguns imprevistos acontecem. Mas na reunião que realizamos com o presidente da Assembleia, informamos que vamos, sim, arcar os prejuízos que comprovadamente decorreram da nossa ocupação”, afirma Hermes.
Para o presidente da APP, o mais importante é que não houve danos às pessoas, sejam empregados da Alep, deputados ou os manifestantes. “Ressaltamos que por ocasião da desocupação, alguns dirigentes da APP percorreram, com seguranças da Assembleia, o local. Fizemos isto para registrar as condições do espaço e possíveis avarias”, relembra Hermes. Ele também salienta que o retorno dos trabalhos na Casa Legislativa, nesta segunda-feira (23), ocorreu normalmente. “A sessão ordinária aconteceu no mesmo local da ocupação, bem como as plenárias foram ocupadas como sempre, pois estavam em condições de receber as pessoas”, descreve.