A APP-Sindicato começou a semana em alerta, após o Governo do Estado sinalizar a intenção de reduzir os salários dos(as) professores(as) PSS (processo seletivo simplificado) em R$ 500,00 para cada 20 horas, a partir de 2018. Na manhã dessa segunda-feira(13), profissionais realizaram “marmitaço” em frente a Secretaria de Estado da Educação (Seed) em protesto ao novo ataque. No início da manhã, mais de 200 educadores(as), entre trabalhadores(as) PSS, aposentados e dirigentes de todo o Estado, estiveram reunidos na sede do Sindicato, para debater esse novo ataque contra a educação estadual.
Com a possibilidade de corte, professores(as) temporários que recebem R$ 1.415,78 por uma jornada de 20h semanais podem passar a receber R$ 915,78. Valor menor que salário mínimo regional, que hoje é de R$ 1.223,30. Neste ano, o governo contratou cerca de 20 mil professores PSS para completar o quadro de educadores. A expectativa é que o número de contratados seja semelhante no próximo ano. Os(as) funcionários(as) agente educacional I, contratados pelo regime PSS, já vêm sofrendo com a redução de salário, pois já recebem menos do que determinado o piso regional.
Durante o protesto, representantes dos(as) educadores(as) PSS e da Direção da APP-Sindicato foram recebidos(as) pelo Diretor Geral da Seed, Edmundo Rodrigues da Veiga Neto. A Secretaria ouviu os representantes da categoria e se comprometeu a levar as reivindicações à Comissão de Política Salarial do Governo do Paraná e à Secretaria da Fazenda. A decisão definitiva sobre o corte de salários deve ser anunciada até o fim da semana.
O presidente da APP, Hermes Leão, explica que a vigilância continua. Serão realizados reuniões do coletivo de PSS nos núcleos sindicais, debates nas escolas e a denúncia deve ser levada às câmaras de vereadores e ao Ministério Público. Pais e estudantes também devem ser mobilizados. “A média salarial do PSS já é a mais baixa de todo o funcionalismo público, e embora a Seed se diga contra a medida, nós não temos percebido na fala da secretária Ana Seres a defesa dos direitos da categoria”, aponta.
Ataques à Educação
Desde o início de seu segundo mandato, o governo Beto Richa (PSDB) tem promovido constantes ataques à educação, comprometendo cada vez mais a qualidade do ensino no Estado. Além dos salários dos PSS, a APP-Sindicato continua em luta pela restituição da hora-atividade, pagamento da data-base em atraso e todas as outras pautas dos(as) educadores(as).
Para a APP-Sindicato, a perseguição do governo vai totalmente contra a valorização da educação e o reconhecimento da carreira para a construção de uma educação pública e de qualidade no estado do Paraná. Confira o artigo completo da secretária Educacional da APP-Sindicato e conselheira do Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE-PR), Taís Mendes:
Construção de educação pública de qualidade passa pelo reconhecimento da carreira do magistério