Nesta terça-feira (17), às 7 horas da manhã, iniciou-se o Ato Nacional Contra o Desmonte do Sistema Petrobras, em frente à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A manifestação foi convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Sindicato dos Petroquímicos (Sindiquímica-PR) e Sindicato da Montagem e Manutenção Industrial (Sindimont-PR).
A representação foi marcante com adesão de mais de 12 sindicatos e de funcionários(as) de todo o sistema Petrobras, incluindo os(as) terceirizados(as). A APP-Sindicato marcou presença e destaca a resistência da classe trabalhadora, além da defesa das estatais, do patrimônio público e da soberania nacional.
A secretária geral da APP, professora Vanda Santana, enfatiza a relação da educação com a Petrobras por conta do Fundo Social do Pré-Sal, que é uma das fontes de financiamento para a educação. “Com esse processo de privatização e desmonte das estatais, somados ao governo golpista, a educação é fortemente afetada, assim como os riscos com a Reforma do Ensino Médio. A educação não é mercadoria, assim como a Petrobras também não. Tanto a educação como a energia são estruturais para uma sociedade”.
Petrobras judicialmente – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, concedeu uma liminar impedindo qualquer privatização das estatais que não passe pela aprovação do Congresso Nacional. Em agosto, haverá uma Audiência Pública para tratar desse tema, ainda sem data confirmada. “Precisamos manter essa liminar, pois sabemos que o Congresso Nacional, em sua maioria, é golpista e privatista. Então, é uma luta intensa que fazemos e é importante também que essa pauta faça parte do debate eleitoral com os candidatos, pois é um modelo de país que está em jogo”, ressalta a professora Vanda, mencionando que essa liminar parou o processo de privatização das refinarias, e assim está dando um fôlego para o movimento.
Estiveram presentes também representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Próximo passo:
10 de agosto – Dia do Basta: em defesa da democracia e do petróleo para a educação