A Marcha das Mulheres Negras, que reuniu milhares de pessoas em Brasília pelo fim da violência, da discriminação e do racismo, contou com a presença de educadoras representantes da APP-Sindicato. Estiveram na Marcha a secretária de Gênero, Relações étnico-raciais e Direitos LGBT da APP, Elizamara Goulart Araújo, a secretária de Administração e Patrimônio, Mariah Seni Vasconcelos Silva e a secretária da CNTE, Lirani Maria Franco. Participaram várias representantes dos núcleos sindicais da APP.
Além de trazer visibilidade e cobrar o enfrentamento da violência e da discriminação, a Marcha teve o objetivo de apoiar o regime democrático, contra qualquer forma de golpe e autoritarismo e também valorizar a conquista de políticas públicas importantes como as cotas para negros(as) em universidades, a lei que tipifica o crime de feminicídio e a obrigatoriedade do ensino de história afro-brasileira e indígena nas escolas, entre outras.
“A APP contribuiu desde o início, dando suporte a organização dessa Marcha, por entender que o papel de um sindicato que luta pela educação é mais amplo do que somente as pautas imediatas da categoria. A construção de um mundo mais justo e igualitário é, em grande parte, responsabilidade dos educadores e educadoras”, explica a dirigente da APP, Mariah Seni. “As mulheres negras marcham pelo vim da violência e do racismo, marcham denunciando o descaso das autoridades, marcham pela paz”, complementa a também diretora do sindicato, Elizamara Goulart. “A primeira Marcha das Mulheres Negras torna esse 18 de novembro uma data histórica”, finaliza.
Violência – O ato, que é uma mobilização pacífica e dentro dos princípios democráticos, foi alvo de hostilidades e violência quando passava perto do acampamento de simpatizantes do golpe militar, montando em frente ao Congresso Nacional. Ativistas do movimento negro dizem ter sido provocadas por membros do Movimento Brasil Livre (MBL) e do movimento Intervencionistas, além da própria polícia, com atitudes e palavras racistas. Os(as) golpistas – alguns policiais civis – utilizaram armas de fogo, efetuando disparos para o alto e para o chão, e bombas caseiras contra os(as) participantes da Marcha. Houve confronto e a polícia interveio. Duas pessoas foram detidas por porte ilegal de armas e vários manifestantes foram atingidos por gás de pimenta utilizado pela polícia.