Os 27 Núcleos Sindicais e a direção estadual da APP-Sindicato estão percorrendo escolas de todo o Paraná nos Dias Pedagógicos, que marcam a abertura do ano letivo na rede estadual. As agendas são uma oportunidade de ouvir a categoria, debater as condições de trabalho, fortalecer vínculos e mobilizar a base para os desafios que virão.
Além da pauta educacional, apoiada pela distribuição da Edição Pedagógica elaborada pelo Sindicato, a campanha salarial aprovada na Assembleia Estadual da categoria está entre os principais temas abordados.
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Em Araucária, dirigentes estiveram no período da manhã os Colégios Julio Szymanski e Helena Wysocki e falaram sobre a importância do engajamento da base na campanha por recomposição salarial. A defasagem, medida pela perda do poder de compra para a inflação, deve chegar a 42% em maio deste ano.
“Essa visita é uma maneira de relembrar que somos uma categoria de luta, nós temos que lutar pelos nossos direitos e não podemos abaixar a cabeça. Se dependesse do governo, nós nem teríamos mais uma escola pública, mas uma escola administrada por entidades privadas”, enfatiza Gil Marcos Magalhães, Agente Educacional I do Julio Szymanski, escola que rejeitou a privatização proposta pelo governo Ratinho Jr. no final de 2022.
Celina Wotkoski, também funcionária de escola e dirigente estadual da APP, reforça a importância do contato direto com a categoria. “O diálogo é fundamental. Conseguimos provocar professores(as) e funcionários(as) a engrossar as fileiras da luta, que é uma luta digna e de todos(as). Nosso único objetivo é ter uma escola pública de qualidade, onde todos(as) sejam respeitados(as) e valorizados(as).”
No auditório do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, a presidenta da APP-Sindicato destacou a importância do debate sobre a escola que queremos, e lembrou que não há educação de qualidade sem educadores(as) valorizados(as).
“Os resultados do nosso trabalho árduo pelos estudantes são usados pelo governo para fazer propaganda. Mas e o nosso reconhecimento, com salário digno para professores(as) e funcionários(as), na ativa e aposentados(as)?”, provocou Walkiria Mazeto.
Também na capital, os(as) dirigentes Luiz Carlos dos Santos e Natália dos Santos da Silva visitaram as escolas Guido Arzua, Flávio Ferreira da Luz e Guido Loyola. A boa acolhida da base se refletiu no interesse pela campanha salarial e pelo debate sobre temas como a precariedade do Sistema de Ensino à Saúde.
“O SAS como está não funciona. Em Curitiba terceirizaram o atendimento e só piorou”, disse Natália. Já Santos destacou a importância da luta pelo fim da defasagem salarial, que já chega aos 40%. “Ratinho Jr diz na propaganda que temos a melhor educação do país. Então somos os melhores professores e merecemos ser melhor remunerados”, observou.
Confira mais imagens de algumas das agendas:
