O Coletivo de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) promoveu, entre os dias 19 e 20 de fevereiro, um encontro entre sindicatos da educação de todo o país para trocar experiências e debater estratégias de comunicação para 2024.
O evento, que ocorreu em Brasília, agregou secretários(as), assessorias de comunicação e jornalistas para pensarem ações que otimizem a comunicação dos sindicatos para as suas bases.
Para Daniel Matoso, secretário de comunicação da APP-Sindicato, a oportunidade foi uma ótima forma de compartilhar experiências entre os(as) comunicadores(as) presentes.
“Sempre pensamos nas estratégias de defesa da educação. Por exemplo, nessa semana nós estamos sofrendo ataques à Conae pela extrema-direita. Então, parte da nossa discussão foi para pensarmos em maneiras de conseguirmos a aprovação e construção do plano nacional de educação. Além disso, também discutimos as demais pautas que estão dentro do Congresso, como o homeschooling, piso e carreira”, complementa Daniel.
Foram 16 entidades que apresentaram suas estruturas e políticas de comunicação, redes sociais e demais veículos de informação utilizados para mobilizar e dialogar com os(as) trabalhadores(as) da educação.
A primeira parte da programação, na terça (20), contou como uma análise histórica da conjuntura da educação e da política internacional. Também foi dado destaque às ações que precisam da mobilização dos(as) trabalhadores(as).
Para Ana Paula Messeder, assessora de Comunicação para a CNTE, é importante que os sindicatos mantenham seus websites atualizados como um repositório de informação.
“(Os sites) não podem ser relegados em detrimento das redes sociais. É pelo site que as entidades, as pessoas e a população conhecem o sindicato. Lá está a posição política, a linha editorial, todo o conteúdo e histórico”, reforçou.
Ato contra o genocídio na Palestina e homenagem a Raquel Guizone
Já nesta quarta-feira (21), os(as) dirigentes se manifestaram em solidariedade ao povo palestino. Com placas e dizeres de “Palestina: Pare o genocídio já”, e “salve as crianças palestinas”, o momento foi registrado em vídeos e fotos para reprodução nas redes sociais.
Ao término, outra homenagem foi feita, desta vez à educadora, sindicalista e militante Raquel Guizone, falecida 9/11/2023, em Florianópolis. A professora foi símbolo da luta contra ditadura em Santa Catarina.
Em sua memória, a edição do encontro foi rebatizado para “Coletivo de Comunicação Raquel Guizone”.
Encaminhamentos
Como resultado dos debates realizados nos dois dias de Coletivo, foram apontados os seguintes encaminhamentos:
- Apoiar todas as iniciativas que combatam políticas conservadoras no campo educacional;
- Engajar entidades do meio educacional/sindical na pauta legislativa de interesse da classe trabalhadora;
- Fomentar atividades culturais com grupos locais como eixo de mobilização e formação;
- Fomentar nas redes sociais a política da cultura de paz nas escolas;
- Fomentar a produção de matérias jornalísticas que pautem a democracia ou a falta dela nas escolas;
- Dar destaque a candidaturas progressistas comprometidas com a defesa da educação pública nos estado e municípios;
- Fazer um mapeamento para identificar os políticos que são inimigos da educação, para ser usado como instrumento no período eleitoral;
- Engajar nas frentes junto a luta para regulamentação das plataformas digitais;
- Levantamento local das rádios e TVs comunitárias para parceria com as redes de comunicação das entidades;
- Buscar forjar parceria nos estados e municípios com os jornais Brasil de fato e Brasil Popular;
- Fomentar o envio de informações das entidades para o “Giro nos Estado” da CNTE;
- Engajamento nas redes da CNTE pelas direções sindicais;
- Fomentar a realização de encontros, seminários e oficinas sobre comunicação sindical.