Na eminência do encerramento dos atendimentos ao SAS e SUS pelo Hospital Bom Jesus, o Secretário de Saúde e Previdência da APP-Sindicato e representante do FES na Comissão de Saúde, Ralph Charles Wendpap, e o Presidente do NS da APP-Sindicato de Toledo, João Batista Lopes, estiveram em Toledo no dia 16 de março. Acompanhados por representantes do Sindiseab no FES, Cladis Arenhart dos Santos (IAP), Waldivino Martins dos Anjos (Viveiro IAP/Palotina), Jean Marie Aparecida Ferrarini (SEAB) e João Luiz Raimundo Nogueira (SEAB), estiveram em uma reunião com o Chefe do Núcleo Regional de Educação de Toledo, Leo Inácio Anchau. O objetivo principal, reivindicar a continuidade do atendimento do Hospital Bom Jesus ao SAS e ao SUS.
O Hospital Bom Jesus atende, via SAS, cerca de 11 mil pessoas entre servidores(as), aposentados(as) e dependentes, de 18 municípios. Vários argumentos foram apresentados na reunião, entre eles, o fato de além de ser o único hospital em Toledo que atende pacientes pelo SAS, o Bom Jesus é também a única opção para os usuários do SUS. Os(as) servidores(as) dessa região, para serem atendidos pelo SAS, teriam de se deslocar para as regiões de Cascavel, Foz do Iguaçu e Umuarama.
O DAS diz que existe hoje em Toledo, além do Bom Jesus, somente mais um hospital que preenche os requisitos para atender o SAS, mas esse também apresenta às mesmas condições de insolvência do Hospital Bom Jesus, além da falta de interesse em ser prestador de serviços ao SAS. Duas novas licitações foram aberta em Toledo para contrato com o SAS, se encerraria em 31 de março de 2016. Na primeira o resultado foi deserto (não apareceram interessados) e a segunda fracassou por falta de certidões tributárias do único concorrente, que é o atual contratado. Os sinais de insolvência apresentados pelo atual contratado, com dois processos administrativos em andamento, impossibilitavam sua participação na licitação. A única medida legal possível para a continuidade do atendimento ao SAS pelo Hospital Bom Jesus, seria a prorrogação deste contrato por mais um ano, via aditivo.
Após ter anunciado o encerramento dos atendimentos a partir do mês de abril, em razão das dificuldades financeiras, o hospital conseguiu a liberação de recursos disponibilizados pelo Ministério da Saúde e renovou o contrato com o SAS. O encerramento do atendimento do SAS em Toledo, implicaria em significante prejuízo a todos(as) os(as) servidores(as) dessa região. Conforme a organização que estava sendo feita pelo DAS, os(as) servidores(as) de Toledo e Marechal Cândido Rondon teriam de percorrer, em média, distâncias de 45,5 km para serem atendidos em Cascavel. Para os atendimentos do SAS dos outros municípios, as distências médias seriam de 131 km para Umuarama e 154 km para Foz do Iguaçu.
Foi reivindicado também, mais uma vez, a descentralização dos serviços de baixa complexidade nos municípios de abrangência, bem como, que mais hospitais sejam credenciados nas licitações. Assim os(as) servidores(as) não ficariam reféns de um único prestador de serviço. Outra antiga reivindicação feita na reunião, foi uma perícia médica local. Hoje, os servidores têm que se deslocar a Cascavel para passar pela perícia.
Nossos esforços estão sempre direcionados pela defesa dos direitos e melhor qualidade de vida aos(às) servidores(as). A manutenção dos atendimentos do SAS em Toledo é fruto de um trabalho coordenado do FES do qual a APP-Sindicato é integrante. A vitória obtida vem comprovar a importância da nossa luta, que tem como premissa, nunca desistir!
