Impactos que afetam o cenário educacional foram mostrados com a divulgação da pesquisa “Privatização e Mercantilização da Educação Básica no Brasil”, nos dias 20 e 21 de junho, em Brasília, durante o Seminário da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
A pesquisa da CNTE, realizada em parceria com a Universidade de Brasília (UNB), foi apresentada durante o Seminário, com relatórios de base de dados de 2009 a 2013, que atingem a educação brasileira até a atualidade e com projeções ao futuro.
A vice-presidente da CNTE e secretária de Finanças da APP, professora Marlei Fernandes, destacou o trabalho dos(as) pesquisadores(as) da UNB e os resultados que mostram o volume de recursos que são colocados para a iniciativa privada, principalmente, pela isenção de impostos e recursos que vão para as escolas filantrópicas.
“É um volume enorme que poderíamos atingir os 10% do PIB para a educação brasileira. O perigo – e que nos leva a fazer este debate com tanta intensidade neste momento – é como isso tem se avolumado. É um debate internacional. Precisamos olhar com cuidado porque a privatização está de forma galopante em vários municípios e nos estados. Por exemplo, a privatização chega primeiro nos funcionários de escola. A gestão das escolas e do sistema está sendo entregue a organizações não governamentais. É muito grave! Com isso é o fim das carreiras, dos concursos e da forma de contratação de todos os profissionais”, disse a professora Marlei.
Assim, pela preocupação com todas os temas que envolvem a educação, a Conferência Estadual da APP, nos dias 28 e 29 de julho, abordará a mercantilização da educação e a pesquisa também será detalhada na ocasião. “Precisamos retomar com muita força, assim como ocorreu na década de 90, em que tínhamos efetivamente um debate intenso sobre os recursos da educação e a privatização que ocorre na educação”, finalizou Marlei Fernandes.
Confira a publicação na íntegra da pesquisa aqui.
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