Logo após a decisão da assembleia da categoria, que deliberou a continuidade da greve, o governo do Paraná, em atitude autoritária, partiu para o ataque. Pessoas ligadas a grupos radicais realizaram, na tarde deste domingo, em Curitiba, ato contra o sindicato e contra os(as) estudantes das escolas públicas que participam de ocupações. O ato, por sua vez, foi esvaziado. Logo após, estes grupos foram recebidos no Palácio Iguaçu. O governo, através do secretário chefe da casa civil, Valdir Rossoni, anunciou medidas para “punir” os(as) educadores(as) em greve.
“A atitude do governo em nada ajuda a mediar conflitos no Estado. Pelo contrário, apenas acirra, joga gasolina no fogo”, afirmou o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão. Para ele, o governador Beto Richa deveria cumprir seu papel de governador eleito e apaziguar a situação. “O anúncio feito através do portal de notícias do Governo, caracteriza prática antissindical e denunciaremos isso através das entidades sindicais nacionais e internacionais e estudamos ações jurídicas”, ressaltou Leão. Central Sindical Internacional (CSI), Central Sindical das Américas (CSA), Internacional da Educação (IE), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), são algumas das entidades que a direção da APP-Sindicato irá contatar ainda nesta segunda.
A direção da APP-Sindicato está reunida na manhã desta segunda para definir medidas contra os ataques do governo. As medidas apresentadas pelo governo não tem efetividade visto que a greve é um instrumento legal dos(as) trabalhadores(as) previsto na constituição federal. Qualquer tentativa de coação deve ser denunciada.
A APP-Sindicato preparou um site exclusivo para a greve. Acesse: www.app.com.br/greve.