Em crise o Brasil está, a afirmação é notória conforme dados econômicos e cortes em vários setores. Não precisa ser especialista e a mídia ajuda na divulgação. No entanto, como se calar mediante o futuro próximo e incerto para aproximadamente 38 mil servidores(as) contratados(as) por Processo Seletivo Simplificado (PSS) na rede pública de educação paranaense. Surge em pleno dezembro a dependência do anúncio da Secretaria de Educação do Estado do Paraná (Seed) pela prorrogação do prazo para mais um ano dos(as) professores(as) e funcionários(as) temporários(as) ou se será feita nova contratação para as vagas em 2017? Assim, o silêncio permanece e afeta emocionalmente a todos(as) inseridos(as) neste contexto.
Ao que tudo indica, o cenário para 38 mil profissionais da educação não é animador e estão na mira de perder os seus empregos, aumentando o índice de desempregados(as) direto para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No quantitativo geral, dos(as) 78 mil professores(as) do Estado, 27 mil são temporários(as) e dos(as) 31 mil(as) funcionários(as) das escolas estaduais, 11 mil são temporários(as); todos(as) estão se deparando com essa triste realidade.
De acordo com a secretária de Funcionários da APP, Nádia Aparecida Brixner, esta defesa sempre está sendo feita porque a prorrogação alivia a angústia destes(as) trabalhadores(as) que a cada final de ano ficam na insegurança das suas vidas profissionais. “Eles e elas não sabem se terão emprego, para qual escola irão e quando o Estado vai reabrir os contratos. Por outro lado, a escola também fica em um prejuízo grande devido à rotatividade de profissionais e na incerteza de que o ano letivo vai começar com o quadro de trabalhadores e trabalhadoras completo”. Nádia Brixner realça a importância de ter concurso público para que esta insegurança tanto dos estabelecimentos de ensino quanto dos(as) profissionais da educação seja sanada. “É a nossa principal luta”, afirma.
Como não seria diferente de se esperar, a APP continua na batalha pelos direitos(as) dos(as) trabalhadores(as) e do mundo intrigante que recai sobre a educação e na vida de milhares de profissionais da rede púbica. Ainda, o Sindicato reforça que a prorrogação por dois anos é legalizada (Lei 108/2005) e questiona os motivos para esta possível demissão em massa. Certamente o verbo “renovar” no cenário referente à contratação gera benefícios apenas para o governo, que nem investe nos(as) servidores(as) públicos(as) e nem em concurso para consolidar a qualidade da educação.