A APP é uma das três entidades eleitas para integrar o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná no biênio 2023-2025, ao lado da CUT e do Sindiedutec, representando o segmento das mulheres trabalhadoras. O resultado da votação foi anunciado nesta segunda-feira (16) pela comissão eleitoral do Conselho.
A votação para escolher os representantes da sociedade civil no Conselho aconteceu no dia 11 de outubro. A APP participou como entidade de promoção e defesa das mulheres trabalhadoras.

A representante titular da APP no Conselho é Taís Adams, reconduzida ao cargo que ocupou no biênio 2021-2023. Taís é secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ da APP.
“Destacamos que, para além para contribuição das políticas estaduais para mulheres, mantemos o compromisso de defesa da categoria dos(as) educadores(as), defesa da educação pública de qualidade, por valorização profissional e inserção social na comunidade escolar para uma sociedade livre do machismo e contra as violências de gênero”, diz Taís.
O número de vagas para entidades de promoção, proteção e defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras no Conselho caiu de quatro para três na próxima gestão, lamenta Taís.
“A APP já fazia parte do Conselho e nesses dois anos de mandato estivemos presentes formulando e contribuindo na elaboração de políticas públicas para mulheres no estado. Fizemos também a denúncia e apresentamos as condições de trabalho das educadoras nas escolas estaduais”, afirma Taís.

A suplente da APP no Conselho é Celina Wotcoski, secretária de Promoção de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do Sindicato. Ela ocupa a vaga que era de Marcia Aparecida de Oliveira Neves, secretária de Assuntos municipais da APP.
“Minha expectativa é ser uma conselheira bastante ativa, mesmo que suplente. Queremos políticas públicas com qualidade para todas as mulheres, independentemente de raça e classe social”, afirma Celina.
A participação no Conselho é uma oportunidade para construir políticas públicas que beneficiem as famílias, observa Celina. “As mulheres são os pilares das famílias e a gente vai apontar as políticas públicas que queremos para as mulheres e que nossos governantes muitas vezes olham com desdém”, diz.
Mulheres trabalhadoras
Juntamente com a APP, a CUT-PR e do Sindiedutec também elegeram representantes para o Conselho.
O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher tem 26 integrantes, mais seus suplentes. Metade deles representa o poder público e metade a sociedade civil organizada
Das 13 vagas para representantes da sociedade civil, dez são destinadas a entidades focadas na promoção, proteção e defesa dos direitos femininos, abarcando categorias como mulheres rurais, negras, de comunidades tradicionais, da comunidade LBTQIAP+ e da comunidade acadêmica com pesquisas em gênero. As três vagas restantes são para entidades que defendem os direitos das mulheres trabalhadoras, principalmente as vinculadas a sindicatos e associações profissionais.
A Lei 17.504/2003, que instituiu o Conselho, determina que sua finalidade é possibilitar a participação popular e propor diretrizes de ação governamental para a promoção dos direitos das mulheres e atuar no controle de políticas públicas de igualdade entre os gêneros masculino e feminino, assim como exercer a orientação normativa e consultiva sobre os direitos das mulheres no Paraná.
O Conselho reúne-se ordinariamente a cada mês ou, extraordinariamente, por convocação de sua presidenta ou requerimento da maioria dos integrantes. O desempenho da função de conselheiro não tem remuneração ou gratificação, sendo considerado serviço relevante prestado ao estado.