APP: 68 anos de lutas, conquistas e unidade!

APP: 68 anos de lutas, conquistas e unidade!


A APP-Sindicato está completando 68 anos hoje. No dia 26 de abril de 1947 a APP foi criada pelos professores e professoras do Paraná e tem feito um importante e necessário trabalho de lutas e garantia de direitos no Estado.

A construção da APP é coletiva e isso garante que uma entidade com 68 anos de história traga imensas contribuições para a luta trabalhista da educação, mas também ajude a construir um Estado com mais igualdade e direitos para todos e todas. O que isso significa? Significa que a contribuição de todos os educadores(as) que fazem parte da construção dessa entidade soma também para a luta por uma sociedade melhor.

A APP surgiu em um período em que a redemocratização e expansão do ensino público estavam em andamento. No início, a entidade não era chamada de sindicato, já que, naquele período, os(as) trabalhadores(as) não tinham direito de expressão e  organização. Por isso, foi criada a APP – Associação dos Professores do Paraná. Só mais tarde, em 1997 foi incorporado o nome APP-Sindicato – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, já que os(as) funcionários(as) de escola também foram incorporados no sindicado, unindo APP e SINTE/PR.

Claro que a APP já realizou grandes lutas em todos estes anos, mas vamos destacar algumas delas que marcaram esse período. É preciso lembrar que as conquistas que marcam a história de luta da APP existem graças à unidade da categoria. A busca por uma educação pública de qualidade para todos e todas é constante e depende da unidade coletiva. A APP existe graças àqueles(as) que acreditam que a educação é o caminho para uma sociedade mais justa e igualitária e que todos nós temos que lutar por isso.

História da APP

1951 – Professoras da educação primária fizeram uma passeata em Curitiba para reivindicar a criação de uma lei que regulamentasse a profissão no Estado.

1963 – Primeira greve! Esse ano foi marcado pela “Operação Tartaruga”, uma mobilização que garantiu gratificação para as professoras em habilitação e regentes (20%) e normalistas (25%).

1968 – Segunda greve! Como naquele período a repressão do governo era muito grande, a greve foi chamada de Congresso do Magistério. O governo prometeu a criação de um Plano de Carreira para os(as) educadores(as), mas não concretizou a promessa.

1976 – Foi criado o Estatuto do Magistério, oito anos após o Congresso do Magistério. Esse estatuto garantiu um quadro de carreira para os professores e professoras.

1978 – Greves aconteceram em todo o país. Professores(as) de Londrina foram para Curitiba e APP aderiu ao movimento. Em 1980 mais uma greve nasceu nas escolas e APP aderiu.

1981 – Quinta greve! Em maio é feita a unificação da Associação dos Professores Licenciados do Paraná (APLP) e a Associação do Pessoal do Magistério do Paraná (APMP) à APP.

1986 – Acampamento em frente ao Palácio Iguaçu marca mais uma greve da educação, gerada pelo descontrole da inflação e necessidade de melhoria nos salários. É feito o acordo do piso de três salários mínimos.

1988 – O acordo do piso é descumprido e professores voltam à greve. Governador Álvaro Dias recebe educadores com truculência e violência.  Dia 30 de agosto de 1988 é motivo de luta para a educação até hoje.

1995 – APP-Sindicato se filia à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

1998 – Oito professores(as) e funcionários(as) fazem greve de fome! O governo Lerner corta a consignação da mensalidade sindical em folha de pagamento e investe contra o sindicato. APP continua na luta pelo plano de carreira, além das mobilizações contra as medidas neoliberais do governo.

2000 – Outro grupo de educadores(as) faz greve de fome e categoria se une em grande mobilização entre maio e junho. Foram conquistados direitos como hora atividade de 10% e vale-transporte para funcionários(as).

2002 – APP realiza primeira Conferência Estadual de Educação e, junto com os(as) educadores(as), elabora Propostas dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação para o novo Governo. Primeiro debate entre os candidatos à eleição estadual para o governo é feito pela entidade.

2003 – É feito concurso público para diretores graças à luta dos(as) educadores(as). Gestão democrática nas escolas é efetivada e hora-atividade aumenta para 20%. No ano seguinte, é conquistado primeiro Plano de Carreira.

2005 – Conquista do Concurso Público para Funcionários(as) de escola da área técnica administrativa. APP ocupou Seed para impedir demissão de trabalhadores(as).

2006 – APP realiza Conferência Estadual de Educação e promove segundo debate com candidato ao governo do Estado. É realizado do concurso público para funcionários(as) agentes de apoio.

2007 a 2011 – Esse período trouxe conquistas importantes para a categoria. Unidade dos(as) educadores(as) e luta do sindicato garantiu, por exemplo, ajustes salariais, criação e implementação do cargo de 40 horas, criação do PDE, eleições de diretores(as) nas escolas, convocação de mais de 27.000 candidatos aprovados em concurso público, congressos da APP, formação político-sindical e educação, entre outros avanços importantes.

2012 – APP completa 65 anos e inaugura nova sede estadual e vários núcleos sindicais. Esse ano, assim como no próximo, a luta sindical garantiu avanços muito importantes nas carreiras dos educadores e educadoras.

2014 – Greve! Depois de muitos anos sem fazer uma greve, a categoria paralisou e foi às ruas mostrar ao governo que seus direitos precisavam ser ampliados. Reajuste real para funcionários(as), 33% de hora-atividade, pagamento de promoções e progressões em atrasos, entre outros itens avançaram.  APP realiza 4º debate com candidatos(as) ao governo do Estado.

2015 – Greve histórica. Governo anuncia pacote de medidas que destrói a carreira dos educadores e deixa categoria indignada. Além disso, há atraso de pagamentos, ataque à previdência dos educadores(as) e outras retiradas de direitos que foram conquistadas pela categoria com muita luta. Foram 29 dias de uma greve intensa, com ocupação na Alep, recuo do governo e vitória da educação. APP levou milhares de educadores(as) para as ruas, teve apoio de mais de 90% da população e trouxe conquistas importantes para a sociedade paranaense, como a queda do regime de votação em Comissão Geral na Alep, regime este que garantia aprovação atropelada dos projetos do governo.

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