Nesta quinta-feira (11), data simbólica que marca a criação dos cursos de Direito no Brasil, a carta contra a ditadura militar lida em 1977 e a passeata dos estudantes contra o governo Collor, foi lida a Carta em Defesa da Democracia e o Sistema Eleitoral.
Realizado pela Faculdade de Direito da USP, conhecida como São Francisco, na região central de São Paulo, o evento, que contou com milhares de presentes, foi uma clara mensagem em defesa do estado democrático de direito e contra os ataques ao sistema eleitoral brasileiro por parte do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
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O documento recebeu mais de 950 mil assinaturas, incluindo representantes da sociedade civil organizada, entidades sindicais e empresários(as).
“No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários”, aponta o documento. “A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.”
A carta foi redigida após diversos ataques feitos por Bolsonaro, que fomenta sua base eleitoral a partir do ataque às instituições democráticas.
Em um de seus rompantes, o presidente convocou embaixadores(as) estrangeiros e repetiu uma série de acusações falsas já desmentidas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Além da carta, acadêmicos e lideranças de movimentos sindicais realizaram discursos reforçando a necessidade da pacificação para que as eleições ocorram de forma segura, garantindo a lisura do processo.