Na próxima segunda-feira (7), a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) realiza uma audiência pública para debater a proposta de Ratinho Jr de privatizar 27 escolas da rede pública estadual.
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O encontro será realizado a partir das 9h, na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e foi proposta pelo deputado estadual Professor Lemos (PT). Vale lembrar, que a reunião também será transmitida na internet pela plataforma Zoom.
O objetivo é debater a medida e escutar educadores(as), estudantes e a comunidade escolar, já que serão os principais afetados pela mudança.
A APP reforça que estuda as medidas cabíveis na Justiça e detalhará, nos próximos dias, o significado e os prejuízos irreversíveis trazidos pela privatização, além de construir um calendário de mobilizações.
Especialistas dizem que modelo não melhora a educação
O portal de notícias G1 PR, da RPC, entrevistou Daniela de Oliveira Pires, professora do Departamento de Planejamento e Administração Escolar do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR); e Janete Ritter, professora e doutora em Educação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Ambas apontam que a terceirização não se justifica do ponto de vista do ensino e da aprendizagem.
Janete avalia que a terceirização não terá impacto positivo nos índices de aproveitamento dos estudantes. “A questão do baixo aproveitamento do Ideb não resolve somente com alterações na gestão”, diz. Ela ressalta que a experiência dos coordenadores pedagógicos dos Núcleos Regionais de Educação poderiam ser melhor aproveitada se houvesse interesse real em ajudar os estudantes.
A professora Daniela considera que estamos diante de um processo de “promoção da educação pública, para satisfazer interesses privados”. Ela aponta que o processo viola a autonomia pedagógica, financeira e administrativa, um dos pilares da gestão democrática da escola pública.
A reportagem do G1 PR registra que a APP divulgou nota “contra a terceirização completa da educação para a iniciativa privada” e apontando que o processo exclui as comunidades das decisões escolares. Confira a matéria na íntegra aqui