Nesta quinta-feira (26), cerca de 300 educadores(as) – vindos de todas as regiões do Estado – ocuparam pacificamente a sede da Secretaria de Estado da Educação (Seed). O motivo foi protestar contra a Resolução da Maldade, um dos piores ataques perpetrados pelo governador Carlos Alberto Richa nos últimos tempos. Horas depois, a Secretaria emitiu uma nota afirmando que o governo quer manter o diálogo e que a APP-Sindicato estaria rejeitando. Mais uma vez: mentira! Há meses, a nossa categoria tem se desdobrado para levar adiante qualquer tentativa de entendimento com o governo do Estado. Exemplo disso foram as várias tentativas de se negociar a data-base. Entramos em uma greve para forçar a negociação, saímos da greve com a garantia de negociar e, apesar de todas as propostas e esforços feitos, o governo enviou um projeto que transformou em cinzas este direito. Dialogamos, sim. Seja nos debates travados nas mesas de negociação, seja acatando os tantos caprichos e desculpas inventados pelo governador e sua equipe. Especialmente, pelo o secretário da Fazenda Mauro Ricardo da Costa.
Na última semana, de uma hora para outra, o secretário Valdir Rossoni, ladeado da secretária de Educação Ana Seres Comin, anunciaram a Resolução 113/2017. Documento que, por sinal, foi elaborado SEM DIÁLOGO ALGUM com a nossa categoria. Sem nenhum respeito à luta, às leis, aos direitos e aos(às) trabalhadores(as) da Educação, o governo decidiu rasgar acordos firmados em anos anteriores. Para piorar, vai a público, em uma propaganda paga com o erário, falar mentiras e tentar colocar a população contra os(as) professores(as). No mesmo comunicado emitido pela Secretaria de Educação, a secretária Ana Seres afirma que não encaminhará as reivindicações da categoria caso o prédio da Seed não seja desocupado. Aliás, na nota da Seed ela garante que o governo não recuará. Do nosso lado, não arredamos e nem arredaremos o pé, do local, até que o governo retroceda em suas intenções. Também já acionamos a justiça contra as medidas do governo Carlos Alberto.
Diálogo existe entre partes que se respeitam. O governo do Estado, em primeiro lugar, tem que se conscientizar da importância e do valor dos(as) milhares de trabalhadores(as) em Educação do Paraná. Se assim o fizer, verá que não somos inimigos, mas parceiros na busca de uma educação pública de qualidade. Assim, ao deixar de lado a perseguição política e mesquinha que tem norteado os ataques frequentes efetuados contra os(as) educadores(as) e a APP-Sindicato, será possível existir um diálogo. Ação da qual NUNCA nos furtamos e que sempre buscamos para superar qualquer impasse. Pois a nossa prioridade é educar, em vez de mentir.
Direção Estadual da APP-Sindicato
26 de janeiro de 2017