Além da capital, regionais reúnem milhares de pessoas em Greve Nacional

Além da capital, regionais reúnem milhares de pessoas em Greve Nacional

Em Fazenda Rio Grande, 500 manifestantes participaram da marcha; em Piraquara 600 pessoas demonstraram repúdio contra ataques do governo federal

Durante toda a quarta-feira (15), trabalhadores(as) da educação, alunos(as) e movimentos sociais promoveram atos contra os ataques do governo Bolsonaro a educação pública e a Previdência pública. Em Curitiba, os atos reuniram mais de 20 mil pessoas, que marcharam até o Centro Cívico. Além da capital, manifestações foram realizadas em todo estado, incluindo as regiões metropolitanas.

Com o objetivo de descentralizar os atos, os núcleos Metrosul e Metronorte realizaram ações que contemplaram sua área de atuação. Na região Sul, mais de 500 educadores(as) e alunos marcharam por uma educação pública de qualidade e contra a “deforma da previdência”. Segundo a presidenta da APP-Sindicato Metrosul, Simone Barbosa, foi realizada uma caminhada de 2km, com saída do Rodo Center 21.

“Além dos trabalhadores(as) da educação, tivemos a presença de alunos e lideres do grêmio estudantil  do Colégio Estadual Olindamir Merlin Claudino. Também estiveram presentes o Secretário Executivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Valdivino de Moraes e companheiros da Escola Latinoamericana de Agroecologia, localizada na comunidade do Assentamento do Contestado, na lapa”, destaca Barbosa.

Já a APP-Metronorte e a Associação dos Professores Municipais de Piraquara (APMP) organizaram um ato na cidade de Piraquara, onde reuniu cerca de 600 manifestantes. “Não aceitaremos nada que mude o regime de previdência que venha a prejudicar os trabalhadores e trabalhadoras da educação. Estamos de olho também nas propostas do governo federal, uma delas é o anúncio da diminuição de 50% do FUNDEB, que é o que sustenta os nossos municípios e nossos estados, pagando os profissionais da educação e garantindo infraestrutura para nossas escolas e nossos estudantes”, enfatiza a presidenta da APP-Metronorte, Ana Lúcia Gutier.

Outras manifestações pelo Paraná

Assim como Curitiba e região, cidades do interior do estado organizaram grandes passeatas em apoio as universidades públicas. Locais como Londrina e Maringá realizaram atos durante a manhã e noite. A cidade de Campo Mourão, recepcionou o Governador Ratinho Jr apresentando dados e pautas de reivindicação da Unespar.

A cidade de Foz do Iguaçu mobilizou cerca de 6 mil pessoas em marcha. Já em Cascavel, 4 mil pessoas engrossaram a caminhada. Entre os participantes estiveram presentes professores, entidades sindicais da educação e alunos(as) da Unioeste e UFPR.

Veja aqui imagens de protestos realizados no interior na manhã desta quarta-feira

Descentralização dos atos

Buscando ampliar a área de atuação e conscientizar um maior número de pessoas, as regionais da APP movimentaram atos para chamar a atenção da população. “Nós conseguimos passar nosso recado principalmente para o comércio e cidade em si. Com a caminhada, nossas falas atingiram um maior número de pessoas e muitas pararam para nos ouvir”, conta a presidenta da APP-Metrosul.

Barbosa enfatiza ainda que é necessária a movimentação em diversos espaços, para que a luta contra ataques dos governos sejam barradas. “O processo de descentralização favorece a movimentação das bases nos municípios. APP-Metrosul sempre estará na luta pela defesa dos direitos e sempre estaremos com essas propostas de informar a população. Faremos  ações descentralizadas, não só em São José dos Pinhais, sede da Metrosul, mas nos demais espaços públicos que estão na nossa área de atuação”.

Manifestações pelo Brasil

As manifestações contra os cortes na educação mobilizarão mais de um milhão de pessoas por todo o Brasil. Além do Paraná, mais de 150 cidades do país registraram atos durante todo o dia. As ações preparam o terreno para uma greve geral convocada pela CUT e demais entidades sindicais brasileiras para o dia 14 de junho, com o objetivo de barrar a reforma da previdência e anular os cortes de 30% na educação pública.

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