Agressões à APP e à categoria tentam desviar o foco da dívida com a educação

Agressões à APP e à categoria tentam desviar o foco da dívida com a educação


Os ataques à APP-Sindicato, acusando a entidade de partidarismo, são práticas frequentes, constantes e sistemáticas do governo Beto Richa (PSDB). Mesmo sabendo que o sindicato, com quase 70 anos de história, tem um importante papel na luta pelos direitos dos(as) trabalhadores(as) e por conquistas históricas na educação pública do Estado, a postura de Beto Richa é apontar o dedo para os outros e desviar o foco de sua própria má gestão.

Enquanto o sindicato desenvolve seu papel, o governo , que deveria focar suas ações em prol da sociedade que o elegeu, optou por  atacá-la, além de descumprir suas próprias promessas de campanha.

Aliás, nas promessas de campanha, que diziam ser a Educação uma área de prioridade, o governador fazia o discurso de que a educação é a base para se construir uma sociedade melhor. De fato a educação é a base e a ferramenta para essa construção, mas, para que isso seja possível, não se pode ignorar suas necessidades e, muitos menos, agredir quem promove  o respeito e a valorização da educação nas escolas todos os dias.

As agressões aos(às) educadores(as) e à APP-Sindicato são a evidência de que o governo quer tirar o foco de si. Aliás, tirar o foco do que faz – corrupção, desvio de verbas, descaso e violência – e do que não se faz – promover uma educação de qualidade para todos(as).

O que o governo do Estado tem deixado de fazer? Saiba qual é a pauta emergencial da educação:

– Implementação e pagamento das promoções e progressões em atraso de professores(as) e funcionários(as). Atualmente a dívida é de 270 milhões. Se não pagar, em 2017 a dívida alcança meio bilhão de reais.

– Pagamento do reajuste (7,75%) do Piso Nacional para professores e funcionários(as).

– Concurso público para professores(as) e funcionários(as).

– Equiparação do auxílio-transporte entre professores(as) e funcionários(as) – QFEB, ParanáEducação, PSS e CLAD.

– Implementação de novo porte de escola, conforme proposta da APP-Sindicato

– Garantia do PDE e do Profuncionário.

– Contagem de tempo de serviço PSS para fins de promoção e profressão na carreira para professores(as).

– Direitos dos(as) aposentados(as) nível II e III, pagamento de precatórios

– Redução da jornada de trabalho de funcionários(as) para 30 horas semanais sem redução de salários.

– Contraposição ao fechamento de escolas, turmas e cursos técnicos, com a implantação da escola de tempo integral, combate ao analfabetismo e a evasão escolar.

– Cargo de 40 horas.

– Complementação do valor do Piso Regional – equalização dos salários de todos(as) os(as) servidores(as) que recebem menos que o piso salarial mínimo regional do Paraná, hoje no valor de R$ 1.148,40.

Matéria publicada na edição n º205 do Jornal 30 de Agosto

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