Educadores(as) que representam os Núcleos Sindicais da APP estão reunidos(as) hoje (16), na sede estadual do Sindicato, para analisar e debater as propostas da assembleia geral da categoria deste sábado (17), onde próximas mobilizações da categoria e ações de negociação sobre a pauta da educação.
Durante a primeira parte do debate, o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, convidou o jornalista Ricardo Gozzi para apresentar aos(às) trabalhadores(as) o resultado de mais de um ano de trabalho jornalístico, o livro “Educação sob ataque – Resistência e luta dos educadores do Paraná”, publicado pela editora serpente. “Registrar a história é fundamental. Vamos levar a diante esta memória contada em livro para perpetuar a nossa luta e resistência”, comenta o presidente.
Para o autor, a obra é um retrato da covardia vivida em dois momentos históricos do Paraná. “Gostaria de agradecer à APP ao Joka (Madruga), ao Hermes (Leão) , ao Luiz Fernando (Rodrigues), à bancada de oposição, figuras muito importantes na construção dessa narrativa. O livro é uma alternativa ao que o poder vai tentar perpetuar sobre o que foram aquelas greves de 88 e 2015. Um massacre moral e físico para que seus direitos não fossem violados”, explica Gozzi.
Sobre o processo de produção do material o jornalista comenta as dificuldades e antecipa sobre a narrativa das duas maiores greves dos(as) trabalhadores(as) da educação do Paraná. “Consegui conversar com os principais personagens do 12 de fevereiro e do 29 de abril e descobri coisas que nem imaginava. Isso acabou abrindo a oportunidade de conhecer mais sobre o 30 de agosto de 88.Quando comecei a ler o livro eu quis contar os dois lados da história. Tentei entrevistar o Beto Richa. Tentei entrevistar o Ademar Traiano. Tentei entrevistar o comando da polícia envolvido e eles simplesmente nem responderam os pedidos da entrevista. E realmente sem justificativa”.