A mulher na política e a influência da sua representação APP-Sindicato

A mulher na política e a influência da sua representação

A participação é para ser igualitária e justa. Do voto para os cargos com avanços, mas, ainda existem barreiras históricas*

Do voto privilegiado dos homens para o direito de votar das mulheres, transitando pela representatividade partidária e, de fato, frente aos cargos políticos. Uma trajetória nem sempre computável. Em passos lentos os direitos legais foram assegurados, mas não garantidos. 

Afinal, as mulheres que representam mais da metade da população brasileira, pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde o ano de 2010 até os dias atuais, também precisam aumentar a sua representatividade nos cargos públicos. 

Mesmo sabendo que as mulheres são afetadas diretamente por leis e políticas que não respeitam suas escolhas, como os enlaces da maternidade, do machismo, por exemplo, entre tantos outros entraves que dificultam a participação em várias áreas.

Realmente, as mulheres podem e devem ser o que quiserem, este também é o foco de defesa do feminismo. A sociedade “intitula-se” democrática, igualitária e justa. Porém, existe um longo percurso para romper obstáculos e paradigmas.

2022 é ano eleitoral; é oportunidade de avançar!

Na questão política mediante o cenário da sub-representatividade, este é um ano eleitoral no Brasil para os postos de presidente(a), governador(a), senador(a), deputados(as) estadual e federal. 

É hora de insistir na mudança e de aumentar a participação feminina. É preciso mais mulheres gestoras e líderes para ter voz e vez nos espaços de tomadas de decisões. Só assim haverá um efetivo protagonismo das mulheres no processo de transformação social.

 

Direto com Carol Dartora, das salas de aula e dos movimentos sociais, para a APP-Sindicato e, atualmente, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC)

Foto: Joka Madruga

“Apesar de nós mulheres sermos mais da metade da população brasileira, nossa presença é proporcionalmente menor em espaços de governo. 

A ausência das mulheres nos espaços políticos vem se reproduzindo historicamente, ao passo que as pessoas ainda se surpreendem pelo fato de ser a primeira mulher negra eleita em Curitiba. 

Ainda existem muitos obstáculos que impedem as mulheres na vida pública brasileira e faz com que permaneçam sub-representadas na política. E essa sub-representação se agrava muito quando se trata de mulheres negras e indígenas.

Quando vencemos várias barreiras e ocupamos espaços políticos, ainda sofremos com a violência machista e racista, que se traduz também na violência política. Além da falta de amparo e a sobrecarga que as mulheres acumulam com a responsabilidade dos cuidados pela falta de investimentos em políticas públicas voltadas para a saúde.  

Temos muito a avançar para efetivar a democracia e ter a diversidade da nossa população proporcionalmente representada nos espaços de poder”

 

Pioneirismo e fatos históricos da representatividade

1927 – Celina Guimarães Viana foi a primeira mulher a se registrar como eleitora no Brasil, com registro aprovado para votar em uma eleição municipal de Mossoró (RN).

1928 – Alzira Soriano foi a primeira mulher a virar prefeita da cidade de Lages;

1932 – Rompimento da restrição de gênero nas eleições brasileiras, com a aprovação do Código Eleitoral;

1934 – A Constituição de 1934 consagra pela primeira vez o princípio da igualdade entre os sexos e proíbe as diferenças salariais por motivo de gênero;

1934 – Carlota Pereira de Queiroz foi a primeira deputada federal eleita no Brasil;

1970 – Marca a  inserção das mulheres no mercado e a liberdade política no país para o fortalecimento das defesas e dos direitos das mulheres;

1977 – Criação de cotas eleitorais de gênero;

2010 – Dilma Rousseff foi a primeira presidenta eleita do Brasil;

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*Matéria disponível no Jornal 30 de Agosto – Especial 8 de Março

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Do conceito às conquistas; afinal, o que é feminismo?

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