“Saber amar é saber respeitar” é o tema da campanha da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) que aborda a violência contra as mulheres e como ajudar neste combate. São 16 dias de ativismo, que segue até este domingo (10 de dezembro), com ações e atividades que envolvem a comunidade escolar e a sociedade.
A APP-Sindicato também reforça o debate com os(as) educadores(as) das escolas públicas, além de participar da panfletagem na XV de Novembro, no Centro de Curitiba, com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), com a distribuição de materiais e orientações. O cartaz da campanha da CNTE enfatiza: “Homem que é homem combate a cultura do estupro”.
A secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBT da APP, Lirani Maria Franco, enfatiza a importância deste enfrentando das violências sofridas pelas mulheres. “Nosso Sindicato leva até o chão da escola debates sobre as causas das violências. Diariamente ouvimos falar e as manchetes trazem casos de mulheres que foram violentadas, estupradas, mortas, assassinadas cruelmente – e por pessoas que são próximas a elas (homens como seus maridos ou ex, namorados ou ex, companheiros, filhos). As mulheres são vítimas de uma violência que é ‘própria’ para as mulheres, que chamamos de feminicídio. É diferente em relação à violência que os homens sofrem, que é uma violência urbana cometida por outros homens que não são próximos e da convivência diária”.
Lirani ressalta que é preciso de fato compreender o que é a sociedade machista, patriarcal com uma educação sexista para enfrentar a violência da qual as mulheres são vítimas. “Infelizmente ainda na educação encontramos nas escolas a distinção por cores, com decorações em azul para meninos e rosa para meninas”.
Por isso e para reflexões, a APP tem pautado os debates também na perspectiva da superação da violência e da cultura machista. Exemplos como a diferença entre os salários e tarefas domésticas como obrigação das mulheres.
“Temos que educar as nossas crianças para que se tornem adultos melhores. A mudança da cultura começa em casa. É um desafio repensar esta nova cultura, inclusive, de como o corpo da mulher é visto. As mulheres também ajudam a construir a economia”, destaca a secretária da APP.
São muitas as maneiras possíveis para se trabalhar em várias disciplinas, como por exemplo:
– Na matemática elaborar as questões com os dados numéricos das estatísticas;
– Na história abordar o papel das mulheres em todo o contexto;
– Na geografia pela geopolítica e diagnosticar quais são os espaços que as mulheres ocupam na sociedade capitalista;
– Na educação física para trabalhar o corpo e, na prática, não separar necessariamente meninos e meninas por modalidades esportivas;
– Na literatura a indicação de livros que abordem o tema.
São muitas as orientações e cobranças da própria sociedade. Muitas mulheres ainda não denunciam por medo e exposição. Muitas vezes as principais perguntas são: o que ela fez? ou com que roupa ela estava vestida?
Sim! É uma triste realidade presenciada e precisa ser denunciada (ligue 180).
Confiram alguns dados: folder_meioa4_frenteeverso_pb
Acesse a campanha “Saber amar é saber respeitar” (aqui).
Leia mais:
– Dossiê Violência Contra as Mulheres (aqui).
– Dossiê Feminicídio (aqui).
– Marcha Mundial das Mulheres (aqui).
– Cartilha para o(a) Educador(a) (aqui).