Funcionários(as) devem ser valorizados(as) pela identidade educadora
Quem conhece a APP já sabe seu papel junto aos(às) educadores(as) das redes estadual e municipais e da intervenção na conjuntura educacional do Paraná. No entanto, uma das diretrizes bem traçadas se direcionam especificamente aos(às) funcionários(as) de escola, que somente há nove anos são reconhecidos(as) como profissionais da educação.
Mas a luta vem sendo travada há muito tempo. Muitos avanços na pauta dos(as) funcionários(as) se consolidaram a partir da unificação do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná (Sinte/PR) com a APP-sindicato, transformando-se no atual Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato). De lá para cá, trabalha-se com a perspectiva de que os(as) funcionários(as) de escola são profissionais da educação e também responsáveis pela educação pública junto aos(às) professores(as).
O reflexo da unificação e a identidade educadora dos(as) funcionários(as), com mais valorização, ganham força com a pauta da formação. A partir de 2005 foi implementado o Profuncionário, que é o curso em nível pós-médio que profissionaliza os(as) funcionários(as).
A luta da APP, garantiu também que, a partir de julho de 2007, funcionários(as) integrassem a Semana Pedagógica do governo do Estado. Outra grande conquista foi a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei 12.014/2009, que reconhece legalmente os(as) funcionários(as) de escola como profissionais da educação.
Do reconhecimento legal às pautas da educação pela APP – O Sindicato luta pela efetiva valorização dos(as) funcionários(as) de escola pela comunidade em geral e não só no ambiente escolar. É fato que não basta apenas ser reconhecido(a) pela lei.
A secretária de Funcionários(as) da APP, Nádia Brixner, enfatiza a importância em afirmar e reafirmar a identidade do(a) funcionário(a) de escola, tanto pelo Sindicato como pelos próprios(as) funcionários(as). “A comunidade escolar precisa passar a olhar a escola como o espaço que possui professores, estudantes e funcionários de educação, afinal, uma escola não funciona sem todos esses sujeitos. Como diz a LDB, todos os profissionais de educação precisam ser valorizados e melhorar a qualidade da educação e o aprendizado dos estudantes”.
Desafios existem e também são motivadores – Nádia Brixner ressalta o período duro na história do Brasil e do Paraná. “Novamente prevalecem as políticas neoliberais, aquelas que querem que o Estado invista cada vez menos em saúde, educação, seguridade social, segurança pública. Logo, quem vai pagar a conta são justamente os profissionais que fazem este trabalho acontecer. Com isso, temos uma ampla retirada de direitos, sem data-base, sem realização de novos concursos, sem investimentos e cada vez menos profissionais nas escolas”. A conjuntura pode estar desfavorável, mas mesmo assim, o Sindicato continuará na luta pelo curso superior aos(às) funcionários(as), inclusão dos(as) funcionários(as) no piso salarial nacional e maior investimento na educação para atender o restante da pauta da categoria. |
Um ano do programa Funcionários(as) em Foco – Além das visitas nas escolas, coletivos de funcionários(as) e mobilizações, temos um programa específico para dialogar de forma direta e permanente com os(as) funcionários(as) a cada 15 dias. “O programa virou um compromisso do coletivo com muita participação e troca de informações que tem servido também para dirimir dúvidas. Vamos continuar e melhorar cada vez mais essa aproximação”, emociona-se Nádia. |