APP participa de seminário promovido pela CNTE

APP participa de seminário promovido pela CNTE


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Texto produzido pela Secretaria Educacional, com informações da CNTE

A Secretária Educacional da APP-Sindicato, Professora Walkíria Olegário Mazeto, participou do seminário realizado na segunda (6), em Brasília. O evento, promovido pela CNTE, ANPEd, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Cedes, Anfope e Anpae, reuniu diversos especialistas para elaborar uma proposta alternativa para as novas diretrizes curriculares da educação básica. O documento será entregue ao Ministério da Educação.

O seminário foi composto por três mesas de debates. A primeira discutiu as políticas de avaliação e regulação, e teve como participantes o secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Heleno Araújo; Luiz Fernandes Dourado, da UFG, e Mara Regina Lemes de Sordi, da Unicamp. A mediação da mesa foi feita por Ivany Pino, da CEDES.

Em seguida, a discussão foi sobre as expectativas de aprendizagem e o direito à educação. Participam Pedro Goergen, da Unicamp, e Salomão Ximenes, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, mediados por Daniel Cara, também da Campanha Nacional.

A última mesa discutiu as perspectivas do novo Plano Nacional de Educação, cujo projeto tramita no Legislativo. Para falar sobre o tema participaram Carmen Teresa Anhorn, da UFRJ, Álvaro Luiz Moreira Hypolito, da UFPel, e Carlos Artexes Simões, representando o Ministério da Educação (MEC). Iria Brzezinski, da ANFOPE, mediou o debate.

Avaliações
Para os participantes do seminário, a qualidade do processo de ensino não pode ser referenciada em avaliações como acontece hoje. “Há uma centralidade das políticas de avaliação, focadas em testes estandartizados. Mas essas avaliações não contemplam a diversidade regional do país”, afirmou Luiz Dourado, editor da publicação da CNTE Retratos da Escola. Segundo ele, apesar de já ser a sexta economia mundial, o Brasil está repleto de contradições, desigualdades sociais e concentração de renda, fatores que não são levados em conta na aplicação dessas avaliações.

Para Pedro Goergen, da Unicamp, o estabelecimento das expectativas de aprendizagem com base nas avaliações resulta de uma visão de ensino voltado unicamente à preparação para o mercado. “A educação é um direito mais amplo e profundo que isso. É o direito a uma formação que leve em consideração o ser humano como um todo. Mas as expectativas de aprendizagem hoje são definidas no sentido daquilo que pode ser captado e avaliado pelos mecanismos de avaliação métricos. Mas o essencial na educação não pode ser aferido por essas técnicas”, afirmou Goergen.

Para a Secretária Educacional da APP-Sindicato, professora Walkíria, “precisamos avançar para além das ‘expectativas de aprendizagem’, precisamos debater o currículo. Torna-se urgente problematizar e refletir de forma coletiva sobre qual a educação que queremos, para formar qual tipo de homem e para qual projeto de sociedade. A implantação do projeto político para a educação do PSDB no Paraná vem se intensificando e mostrando a sua verdadeira face. Seja nas tentativas constantes de redução de aulas, seja na redução para um currículo mínimo, via ‘expectativas de aprendizagem’ “, avalia.

Frente a este cenário, a questão do currículo torna-se prioritária para a APP-Sindicato neste ano de 2012. Já está programado para o final do mês de abril um Seminário de Currículo, encontro que reunirá Educadoras e Educadores de todo o estado.

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