A discussão, na verdade, gira em torno das disciplinas de Filosofia e Sociologia, especificamente na matriz curricular do curso de Formação de Docentes, aprovada em no dia 15 de fevereiro pela Câmara de Educação Básica. A votação teve votos contrários do representante da APP-Sindicato, conselheiro Arnaldo Vicente, que fez declaração de voto sobre a matéria, e do conselheiro José Reinaldo, representante da Undime.
Seja por seu representante no CEE, seja em reuniões com a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e com a categoria, a APP-Sindicato vem afirmando seu posicionamento e fazendo a defesa da manutenção de, no mínimo, duas horas-aula semanais por disciplina. A entidade ainda apresentou proposta de se ampliar o debate, chamar a comunidade escolar para a discussão, porque diz respeito a todas as áreas de conhecimento e à escola como um todo. “É necessário um amplo debate sobre as disciplinas da matriz curricular, sobre a necessidade do aumento da matriz bem como uma discussão aprofundada sobre currículo”, disse a secretaria Walkíria.
A APP reitera que essa não pode ser uma discussão corporativa, pois se trata de uma discussão pedagógica. Do impacto pedagógico de uma única aula por semana, da incapacidade de relacionamento professor/a aluno/a, da dificuldade de se trabalharem os conteúdos com alunos em um período tão reduzido e limitado, e da sobrecarga de trabalho que representa para o professor e para a professora.
O professor Oscar Alves, presidente do Conselho, não fez objeção às ponderações da APP-Sindicato, no entanto, uma vez votado o parecer pela Câmara de Educação Básica, caberia a ele publicá-lo. . O movimento da presidenta da APP-Sindicato, professora Marlei Fernandes de Carvalho, foi então comunicar-se com a superintendente da Seed, professora Meroujy Cavet, e reivindicar a retirada da consulta do âmbito do CEE para estender a discussão sobre a Matriz Curricular do Ensino Médio à comunidade escolar.
A professora Meroujy concordou com a tese da APP, e se comprometeu em retirar o pedido de parecer sobre essa questão em pauta, e remetê-la a uma ampla consulta à comunidade, havendo a participação da APP-Sindicato no debate. Portanto, com essa retirada, o parecer não será publicado e teremos mais tempo para refletir sobre essa e outras questões que visem melhorar cada vez mais a qualidade da educação pública do Estado do Paraná.
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