Este valor será alcançado através da aplicação de três índices: 6,5% em maio de 2012 (relativo a correção da inflação, que é feita na data-base da categoria); 5,95% em julho de 2012 e 5,95% em outubro de 2012. O total a ser aplicado é de 19,55%. O percentual repercute em igual proporção em toda a tabela, isto é, não se restringe ao início da carreira (veja a tabela abaixo), possibilidade que existia, mas que foi afastada com rigor pelo sindicato durante as negociações. A pressão também serviu para o governo anunciar a realização de concurso público para todas as disciplinas (edital previsto para maio) e uma nova oferta, ainda este semestre, da dobra de padrão.
No entanto, a proposta não contemplou o pagamento retroativo a janeiro, como determina a Lei do Piso. Além disso, a oferta do governo estadual para a implantação do 1/3 da hora-atividade (a outra grande vitória do magistério com a conquista da Lei do Piso) é que esta só seja realizada a partir de 2013. Aos funcionários de escola foi garantido os 6,5% de correção da inflação (também na data-base, em maio), mas o sindicato e a categoria exigem mais: queremos a aplicação de 7,16% de ganho real nos salários destes educadores que, hoje, têm os menores vencimentos entre os servidores públicos estaduais. Veja, abaixo, a tabela dos salários dos funcionários com os 6,5% e os 7,16%.
Por tudo isto, voltaremos a paralisar as atividades em todo o Paraná no próximo dia 26 de abril. Nós, trabalhadores em educação da rede estadual, queremos avançar na conquista de direitos. E é fundamental que estejamos organizados, e unidos, nesta caminhada: professores e funcionários de escola. Para tanto, na última assembleia da categoria, realizada em 31 de março, foi definida uma jornada de luta que prevê, além da paralisação, uma nova assembleia de avaliação das negociações no dia 5 de maio (veja o calendário abaixo).
Por que continuar a mobilização? Precisamos fortalecer a nossa mobilização para garantir que o governo entenda claramente o nosso recado: somos muitos, somos fortes, somos organizados e exigimos que os nossos direitos sejam respeitados. Ao colocarmos mais de 7 mil educadores nas ruas, em 15 de março, e conseguirmos paralisar 95% das escolas da rede, demos ao governo um sinal de alerta. E as propostas vieram, apesar de ainda insuficientes.
– Veja aqui a carta às mães, pais e responsáveis elaborada para a data.